ATA DA OCTOGÉSIMA SÉTIMA
SESSÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEXTA
LEGISLATURA, EM 16-09-2015.
Aos dezesseis dias do mês
de setembro do ano de dois mil e quinze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do
Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e
quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida por Bernardino
Vendruscolo, Carlos Casartelli, Cassio Trogildo, Dinho do Grêmio, Elizandro
Sabino, Fernanda Melchionna, Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, João
Carlos Nedel, Jussara Cony, Kevin Krieger, Mauro Pinheiro, Mendes Ribeiro,
Paulinho Motorista, Paulo Brum, Rodrigo Maroni, Sofia Cavedon e Tarciso Flecha
Negra. Constatada a existência de quórum, o Presidente declarou abertos os trabalhos.
Ainda, durante a Sessão, compareceram Airto Ferronato, Alberto Kopittke,
Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Dr. Thiago, João Bosco Vaz, Lourdes Sprenger,
Marcelo Sgarbossa, Mario Manfro, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Prof. Alex Fraga,
Reginaldo Pujol, Séfora Gomes Mota e Waldir Canal. Após, foi apregoado o Ofício
nº 928/15, do Prefeito, encaminhado o Projeto de Lei Complementar do Executivo
nº 018/15 (Processo nº 1703/15). A seguir, foi apregoado Requerimento de
autoria de Airto Ferronato, solicitando Licença para Tratamento de Saúde no dia
quatorze de setembro do corrrente. Também, foi apregoado o Memorando nº 040/15,
de autoria de Engº Comassetto, informando, nos termos dos §§ 6º e 7º do artigo
227 do Regimento, sua participação, nos dias nove e dez de setembro do
corrente, na Segunda Reunião da Coordenação-Executiva da Sexta Conferência
Nacional das Cidades, em Brasília – DF. Após, foi apregoado o Memorando nº
045/15, de autoria de Engº Comassetto, informando, nos termos dos §§ 6º e 7º do
artigo 227 do Regimento, sua participação, nos dias dezesseis e dezessete de
setembro do corrente, na Quadragésima Sexta Reunião do Conselho Nacional das
Cidades, em Brasília – DF. Ainda, foi apregoado o Memorando nº 007/15, de
autoria de João Bosco Vaz, informando que seu não comparecimento nos dias
quatorze e quinze de setembro do corrente ocorreu em função de ter estado
acompanhando familiar em tratamento de saúde. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER,
pronunciaram-se Fernanda Melchionna, Jussara Cony, Sofia Cavedon e Clàudio
Janta. Na ocasião, o Presidente registrou o transcurso, no dia quinze de
setembro, do aniversário de Tarciso Flecha Negra. Às quatorze
horas e cinquenta e um minutos, constatada a existência de quórum deliberativo,
foi iniciada a ORDEM DO DIA. Após, foi aprovado Requerimento de autoria de
Kevin Krieger, solicitando o adiamento da discussão, por três sessões, do
Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 020/11 (Processo nº 3295/11).
Também, foi aprovado Requerimento verbal formulado por Kevin Krieger, solicitando
alteração da ordem de priorização da matéria constante na Ordem do Dia. Em
Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº
012/14 (Processo nº 0217/14), por vinte e cinco votos SIM e dois votos NÃO,
após ser discutido por Marcelo Sgarbossa, Rodrigo Maroni, Lourdes Sprenger,
esta duas vezes, e Reginaldo Pujol, em votação nominal solicitada por Nereu
D'Avila e Reginaldo Pujol, tendo votado Sim Alberto Kopittke, Bernardino
Vendruscolo, Carlos Casartelli, Cassio Trogildo, Clàudio Janta, Delegado
Cleiton, Dr. Thiago, Fernanda Melchionna, Guilherme Socias Villela, Idenir
Cecchim, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Jussara Cony, Kevin Krieger,
Lourdes Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Mendes Ribeiro, Paulinho Motorista, Paulo
Brum, Prof. Alex Fraga, Rodrigo Maroni, Séfora Gomes Mota, Sofia Cavedon,
Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal e votado Não Nereu D'Avila e Reginaldo
Pujol. Durante a apreciação do Projeto de Lei do Legislativo nº 012/14, Clàudio
Janta cedeu seu tempo de discussão a Lourdes Sprenger. Em Discussão Geral, 2ª
Sessão, esteve o Projeto de Resolução nº 041/13 (Processo nº 2829/13),
discutido por Fernanda Melchionna e Clàudio Janta. Em Discussão Geral e
Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 005/15 (Processo nº
0650/15), por vinte e três votos SIM, cinco votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, após ser
discutido por Sofia Cavedon, Fernanda Melchionna, Kevin Krieger, Sofia Cavedon,
Idenir Cecchim, Lourdes Sprenger e Reginaldo Pujol, em votação nominal
solicitada por Fernanda Melchionna, tendo votado Sim Airto Ferronato,
Bernardino Vendruscolo, Carlos Casartelli, Cassio Trogildo, Delegado Cleiton,
Dinho do Grêmio, Elizandro Sabino, Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim,
João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Kevin Krieger, Lourdes Sprenger, Mario
Manfro, Mauro Pinheiro, Mendes Ribeiro, Mônica Leal, Paulinho Motorista, Paulo
Brum, Reginaldo Pujol, Séfora Gomes Mota, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal,
votado Não Alberto Kopittke, Fernanda Melchionna, Jussara Cony, Prof. Alex
Fraga e Sofia Cavedon e optado pela Abstenção Clàudio Janta. Durante a
apreciação do Projeto de Lei do Executivo nº 005/15, Prof. Alex Fraga cedeu seu
tempo de discussão a Sofia Cavedon. Após, foi apregoado o Memorando nº 042/15,
de autoria de Márcio Bins Ely, informando, nos termos dos §§ 6º e 7º do artigo
227 do Regimento, sua participação, nos dias dezesseis e dezessete de setembro
do corrente, em reuniões da Confederação Nacional dos Profissionais Liberais,
em Brasília – DF. A seguir, foi aprovado Requerimento verbal formulado por
Reginaldo Pujol, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria
constante na priorização da Ordem do Dia. Em Discussão Geral e Votação Nominal,
foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 280/14 (Processo nº 2994/14),
por vinte e quatro votos SIM, tendo votado Airto Ferronato, Alberto Kopittke,
Carlos Casartelli, Cassio Trogildo, Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Elizandro
Sabino, Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, João Bosco Vaz, João Carlos
Nedel, Jussara Cony, Lourdes Sprenger, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Mendes
Ribeiro, Mônica Leal, Paulinho Motorista, Paulo Brum, Reginaldo Pujol, Séfora
Gomes Mota, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal. Em Discussão
Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 093/15
(Processo nº 1091/15), por vinte e sete votos SIM, tendo votado Airto
Ferronato, Alberto Kopittke, Carlos Casartelli, Cassio Trogildo, Clàudio Janta,
Delegado Cleiton, Elizandro Sabino, Fernanda Melchionna, Guilherme Socias
Villela, Idenir Cecchim, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Jussara Cony, Kevin
Krieger, Lourdes Sprenger, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Mendes Ribeiro, Mônica
Leal, Paulinho Motorista, Paulo Brum, Prof. Alex Fraga, Reginaldo Pujol, Séfora
Gomes Mota, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal. Em Discussão
Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 267/14
(Processo nº 2873/14), por vinte e sete votos SIM, tendo votado Airto
Ferronato, Alberto Kopittke, Carlos Casartelli, Cassio Trogildo, Clàudio Janta,
Delegado Cleiton, Elizandro Sabino, Fernanda Melchionna, Guilherme Socias
Villela, Idenir Cecchim, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Jussara Cony, Kevin
Krieger, Lourdes Sprenger, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Mendes Ribeiro, Mônica
Leal, Paulinho Motorista, Paulo Brum, Prof. Alex Fraga, Reginaldo Pujol, Séfora
Gomes Mota, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal. Durante a
apreciação do Projeto de Lei do Legislativo
nº 267/14, Mauro Pinheiro afastou-se da presidência dos trabalhos, nos termos
do artigo 22 do Regimento. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o
Projeto de Resolução nº 043/14 (Processo nº 3012/14). Em Discussão Geral e
Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 231/14 (Processo nº
2509/14), após ser discutido por Lourdes Sprenger e Waldir Canal. Após, foi
aprovado Requerimento verbal formulado por Lourdes Sprenger, solicitando
alteração na ordem de apreciação da matéria constante na priorização da Ordem
do Dia. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Resolução nº
026/15 (Processo nº 1418/15). Após, foi aprovado Requerimento verbal formulado
por João Carlos Nedel, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria
constante na priorização da Ordem do Dia. A seguir, foi apregoada a Emenda nº
02, assinada por Idenir Cecchim e Lourdes Sprenger, ao Projeto de Lei
Complementar do Legislativo nº 027/13 (Processo nº 2184/13), e foi aprovado
Requerimento de autoria de Lourdes Sprenger, solicitando que essa Emenda fosse
dispensada do envio à apreciação de Comissões Permanentes. Em Discussão Geral e
Votação, foi apreciado o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 027/13
(Processo nº 2184/13), após ser discutido por Lourdes Sprenger. Foi aprovada a
Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 027/13,
por vinte e um votos SIM, em votação nominal solicitada por Kevin Krieger,
tendo votado Airto Ferronato, Carlos Casartelli, Cassio Trogildo, Clàudio
Janta, Delegado Cleiton, Fernanda Melchionna, Guilherme Socias Villela, Idenir
Cecchim, João Carlos Nedel, Jussara Cony, Kevin Krieger, Lourdes Sprenger,
Mauro Pinheiro, Mendes Ribeiro, Mônica Leal, Paulinho Motorista, Paulo Brum,
Prof. Alex Fraga, Séfora Gomes Mota, Sofia Cavedon e Tarciso Flecha Negra. Foi
aprovada a Emenda nº 02 aposta ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº
027/13. Foi aprovado o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 027/13,
por dezenove votos SIM, em votação nominal solicitada por Clàudio Janta, tendo
votado Airto Ferronato, Carlos Casartelli, Cassio Trogildo, Clàudio Janta,
Delegado Cleiton, Fernanda Melchionna, Idenir Cecchim, Jussara Cony, Kevin
Krieger, Lourdes Sprenger, Mauro Pinheiro, Mendes Ribeiro, Mônica Leal,
Paulinho Motorista, Paulo Brum, Prof. Alex Fraga, Séfora Gomes Mota, Sofia
Cavedon e Tarciso Flecha Negra. Em Votação, foi aprovada a Indicação nº 022/14
(Processo nº 0809/14). Após, foi aprovado o Requerimento verbal formulado por
Kevin Krieger, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria
constante na priorização da Ordem do Dia. Em Discussão Geral e Votação, foi
aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 057/15 (Processo nº 0584/15). Em
Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 032/14 (Processo nº
2203/14). Em Votação, esteve o Requerimento nº 109/14 (Processo nº 2743/14), o
qual, após ser encaminhado à votação por Sofia Cavedon e Clàudio Janta, teve
sua votação suspensa por falta de quórum deliberativo. Durante a sessão, Kevin Krieger
manifestou-se acerca de assuntos diversos. Às dezessete horas e cinco minutos,
constatada a inexistência de quórum deliberativo, em verificação solicitada por
Idenir Cecchim, o Presidente declarou encerrados os trabalhos,
convocando os vereadores para a sessão ordinária da próxima quinta-feira, à hora regimental.
Os trabalhos foram presididos por Mauro Pinheiro, Paulo Brum e Jussara Cony e
secretariados por Jussara Cony. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após
distribuída e aprovada, será assinada pelo 1º Secretário e pelo Presidente.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras,
quero usar o tempo de liderança do PSOL, falando em meu nome e em nome do Ver.
Prof. Alex Fraga, para trazer três temas a esta tribuna. O primeiro deles é a
nossa solidariedade ao funcionalismo público estadual, que está sendo atacado
não só neste momento, já foi vítima de salários parcelados. Nós já fizemos o
debate de uma política lamentável do Governo Sartori, de chantagear a opinião
pública para um conjunto de projetos que retiram direitos, parcelando salários,
quando na verdade o Governo teriam outras alternativas para combater a crise
econômica – uma delas é a questão da dívida absurda que o Estado do Rio Grande
do Sul tem com a União; uma dívida que já foi paga e que continua sendo paga
todos os meses, que foi contraída em R$ 9 bilhões; já soma R$ 50 bilhões, que
foi acordada no tempo do Governo Britto e Fernando Henrique numa taxa de juros
flutuantes que massacra os gaúchos. Mas além delas poderia ter utilizado os
depósitos judiciais temporariamente, combatido a sonegação, buscado
alternativas concretas para garantir o mínimo aos nossos servidores que são os seus
salários. Na tarde de hoje, para completar, nós vemos que a Assembleia vai
votar um projeto absurdo que ataca a aposentadoria dos funcionários públicos
com a criação de um Fundo de Previdência Complementar. Os Fundos de Previdência
Complementar que tem sido, via de regra uma forma de os governos reduzir as
aposentadorias e atacar direito dos servidores, e mais que isso, criar um outro
filão para os bancos utilizarem recursos da poupança dos trabalhadores para os
grandes negócios da elite. Tem sido assim na Previ que é o maior fundo de
pensão da América Latina, tem sido assim em boa parte dos fundos de pensão que
vêm imbuídos dessa lógica neoliberal de transformar tudo em ativos financeiros,
inclusive, Ver. Paulinho, a aposentadoria dos trabalhadores. Isso é
inaceitável. Assim como os projetos que xinguem a FEPPS e a Fundergs, que
inclusive esta Câmara se posicionou a partir de uma Moção contra as extinções
das duas fundações.
E agora nós tivemos notícia de que a Assembleia
fará uma votação a portas fechadas. É mais um ataque aos trabalhadores, que
obviamente, diante da gravidade da situação, ontem fizeram uma mobilização
muito expressiva, sim, na Assembleia para garantir com que os seus direitos não
fossem rifados pela ampla maioria dos Deputados Estaduais do Rio Grande do Sul.
E é necessário fortalecer essas lutas dos trabalhadores para derrotar esta
política que quer culpabilizar e colocar nas costas dos trabalhadores a crise
econômica, assim como nós vimos nesse pacote que o Governo Dilma lançou esta semana
que é um pacote de ataque a direitos fundamentais da nossa população, seja a
questão dos cortes de verbas do Minha Casa, Minha Vida, dos cortes de verbas
dos programas sociais, seja a tentativa de mais uma vez se criar um imposto e
não atacar o âmago da questão que é a taxação das grandes fortunas, que é o
combate à sonegação, que é a auditoria da dívida pública. Enfim, nesses um
minuto e meio que me sobram, eu queria falar da audiência pública do Cais Mauá,
que está chamada para sexta-feira, e já cobrar o Governo, Ver. Kevin Krieger,
porque nós recebemos um ofício apregoado dia 20 de agosto, para o Prefeito
Municipal, assinado pelo Movimento Cais Mauá de Todos, que diz o seguinte:
“Exmo. Sr. Prefeito, novamente requeremos a participação do Movimento Cais Mauá
de Todos, na mesa de audiência sobre o projeto do consórcio Cais Mauá, marcada
para o dia 18 de setembro próximo, na sede do Grêmio Náutico União. Solicitamos
também que a audiência ocorra em local mais próximo do objeto de debate e de
mais fácil acesso através do sistema de transporte
público, visando assim a proporcionar iguais condições de acesso a toda a
população interessada. Sugere-se, por exemplo, o Auditório Araújo Vianna, com
capacidade para aproximadamente 3 mil pessoas – mais do que o dobro da
capacidade do Grêmio Náutico União – e localizado em área amplamente atendida
pelo sistema público de transporte, com corredores
exclusivos, que facilitam o deslocamento em horários de pico, como o que a
audiência foi agendada, às 19h de uma sexta-feira. Tendo em vista o fato de o
primeiro requerimento não ter recebido resposta até o momento, requeremos
resposta à presente solicitação no prazo máximo de 15 dias a ser dado através
do e-mail caismauadetodos@gmail.com.
Atenciosamente, Katia Suman, jornalista; e Jacqueline
Custódio, advogada.”
Então eu quero cobrar do Governo uma
resposta concreta, porque nós estamos vendo que os movimentos estão criticando
esse projeto, Presidente. Os movimentos estão organizados, mostrando que não
querem transformar o nosso espaço do Cais em um espaço para especulação
imobiliária, para shopping center,
para adensamento, que, na verdade, vai aumentar os problemas de trânsito na
região, mas, muito mais do que isso, fortalecer uma lógica de espaço de
convivência privada, ao invés de uma revitalização que sirva ao interesse
público da população. Mais do que isso, a posição autoritária e antidemocrática
da Prefeitura de não fazer em um espaço centralizado, próximo, para que as pessoas
possam participar; de não responder um e-mail
enviado pelos movimentos que estão reconhecidos há anos, fazendo mobilização na
cidade de Porto Alegre para que haja debate, para que haja democracia. Então eu
cobro, desta tribuna, uma resposta do Governo Fortunati sobre esse ofício e
sobre o projeto de Cidade, que nós, infelizmente, estamos vendo que é um
projeto entreguista.
(Não revisado pela
oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Jussara Cony está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A
SRA. JUSSARA CONY: Sr.
Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, venho a esta
tribuna em tempo de liderança do PCdoB para trazer a esta Casa o resultado que
considero, inclusive como profissional da saúde, extremamente positivo. Nós
tivemos, na segunda-feira de manhã, na Assembleia Legislativa, um momento muito
importante da Frente Gaúcha em Defesa da Saúde Pública. São amplos setores de usuários
profissionais, trabalhadores em saúde, gestores, prestadores públicos
filantrópicos. Nós fomos representados – e muito bem – pelo nosso Presidente
Mauro Pinheiro, que interveio, não só como Presidente desta Casa, mas também
como Presidente do Parlamento Metropolitano da Grande Porto Alegre, que, aliás,
está junto com as outras entidades como componente da Frente. Eu também fiz uma
intervenção em nome da União Brasileira de Mulheres pelo significado na saúde
das mulheres, não só porque em todas as profissões somos maioria, mas também
somos as grandes usuárias do SUS, porque cuidamos do mundo; nós é que vamos com
nossos filhos, ancestrais, nossos descendentes na busca de um SUS de qualidade
para todos. Depois o nosso Presidente teve outra atividade aqui na Casa e me
designou e, então, eu acompanhei, em nome do Parlamento Metropolitano e desta
Casa, uma audiência que tivemos com o Secretário da Casa Civil, Márcio Biolchi,
e o Secretário da Saúde que participou da audiência.
Vou relatar o teor da carta encaminhada ao Sr.
Governador e que será encaminhada ao Ministério da Saúde, Governo Federal,
através de uma audiência que a Frente está marcando com o Ministro da Saúde –,
que diz o seguinte: a saúde do povo gaúcho clama por socorro. Os municípios, os
hospitais públicos e filantrópicos e os trabalhadores da saúde também clamam
por socorro. Nós acreditamos no SUS. Com dedicação e generosidade, fazemos
esforços muito além das nossas possibilidades para garantir o direito
constitucional à saúde do nosso povo. Sempre apostamos no diálogo, na
responsabilidade solidária e no planejamento responsável. Por este caminho,
alcançamos pela primeira vez, no ano de 2013, um efetivo compartilhamento do
financiamento à saúde por parte do Governo do Estado. Foi assim que começamos a
descortinar um horizonte mais promissor, com o esforço na Atenção Básica, mais
disponibilidade de leitos e atendimentos de média e alta complexidade mais
próximos da população. Por este caminho, a sempre difícil situação financeira
dos hospitais começou a ser revertida. Foco aqui de novo que, pela primeira
vez, no ano de 2013, se iniciou o efetivo cumprimento da Constituição Estadual.
Mas este cenário não existe mais. A irregularidade
na transferência de recursos contratados junto ao Governo do Estado, registrada
a partir do quarto trimestre de 2014 e agravada em 2015, obriga municípios e
hospitais a reduzir serviços e a
fechar leitos.
Eu vou passar a íntegra da carta para a nossa
Taquigrafia, para termos nos nossos registros, porque o meu tempo quase que
finda, e eu preciso dizer as reivindicações feitas junto ao Governo do Estado.
Junto ao Governo do Estado, reivindicamos: repasse
regular e mensal aos hospitais e municípios no percentual de 12% da receita,
determinado pela legislação em vigor – está na Constituição do Estado, e a
primeira emenda à Constituição foi desta Vereadora, quando era Deputada, no ano
de 1998 –; garantia de aplicação prioritária de novos recursos na saúde;
manutenção, nos contratos junto à rede hospitalar, do aporte de recursos livres
e essenciais para o custeio da defasagem nas tabelas de procedimento e imediata
regularização dos repasses do IHOSP; não redução dos quantitativos de serviço e
do seu respectivo valor de financiamento, quando da renovação dos contratos com
a rede hospitalar.
E junto ao Governo Federal, reivindicamos: a
manutenção da regularidade nos repasses dos recursos contratados; a retomada
dos níveis históricos de participação da União no financiamento global dos
serviços de saúde pública, o que importa em efetivo esforço para alocação de
maiores fatias do orçamento federal no Ministério da Saúde; ação urgente no
sentido da revisão da política de confinamento das Unidades de Pronto
Atendimento – UPAS. Por fim, conclamamos a união de nosso povo na defesa e no
direito à saúde.
Na intervenção que fizemos, particularmente, em
nome da União Brasileira de Mulheres, enfocamos muito a necessidade de mais
aporte de recursos, com a aprovação do projeto de emenda de iniciativa popular
de 10% da receita tributária bruta. Não ser aprovada a retirada da prioridade
dessa emenda do Sr. Eduardo Cunha, pois é uma emenda nociva à saúde do povo
brasileiro, porque quer apenas 10% da receita tributária líquida e o resto em
emendas parlamentares. O SUS não quer viver de emendas parlamentares. O SUS
quer dinheiro dos impostos que pagamos através de emendas que garantam o
financiamento e a gestão do Sistema Único de Saúde.
Demos enfoque para taxação das grandes fortunas; e
também foi muito discutido, Ver. Mauro Pinheiro, a volta da CPMF, que eu,
particularmente, acho que tem que ser de uma forma que os tributos recaiam
naqueles que têm mais e não recaiam na população. Então, é um
pouco do significado da participação da nossa Câmara Municipal e do Parlamento
Metropolitano, nessa importante Frente em Defesa do Sistema Único de Saúde.
Obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Quero parabenizar, Ver. Cassio Trogildo,
o aniversário do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, que foi no dia 15 de
setembro, em cuja festa fomos representados pelo Ver. Reginaldo Pujol, que é
Conselheiro e representou esta Casa. Parabenizo também, Ver. Kevin Krieger, o
nosso grande Vereador, Tarciso Flecha Negra, que, por coincidência, nasceu no
mesmo dia do aniversário do Grêmio: ele nasceu dia 15 de setembro de 1951, e o
Grêmio foi fundado em 15 de setembro de 1903. O Ver. Tarciso Flecha Negra foi
um grande jogador do Grêmio, onde se sagrou campeão mundial; ele é um ídolo do
Grêmio. Parabéns ao Ver. Tarciso, ao Grêmio e à torcida do Grêmio.
A
Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Eu, em nome da Liderança do Partido dos
Trabalhadores, tomo a liberdade de ler – Ver.ª Fernanda, Vereadores do PTB – a
nota unitária que o PT, o PCdoB, o PTB e o PSOL tiraram em relação à
mobilização e aos eventos ocorrido ontem na Assembleia Legislativa. Essa
diversidade de partidos é importante porque mostra o quanto ainda estamos longe
de ter diálogo, de os Governos terem capacidade – em pleno século XXI – de
respeitar e dialogar com as categorias organizadas.
Então,
a nota diz o seguinte: O bloqueio de acesso à Assembleia Legislativa ao longo
do dia aconteceu em consequência da falta de diálogo e da intransigência do
Governo Sartori, que se recusou a ouvir os insistentes apelos do movimento e
das bancadas de oposição para a retirada da urgência dos projeto polêmicos; as
bancadas de oposição, há vários dias, insistem na retirada da urgência e apelam
para que o Governo estabeleça um diálogo, não só com as entidades
representativas dos funcionários, mas também com os demais Poderes, buscando
consenso por alternativas para a crise das finanças. Vejam, chama a atenção
para os demais Poderes, porque quem paga a conta hoje, com confisco de salário,
são apenas os salários são apenas os salários baixos do Executivo. Vejam que
hoje entraram mais R$ 400,00, dá menos de R$ 2 mil; e 70% do funcionalismo
recebem menos de R$ 2 mil! Não é possível o Estado do Rio Grande do Sul aceitar
que salários baixos sejam parcelados.
Segue
a nota: as bancadas de oposição reconhecem que o movimento é ordeiro e buscou,
desde as primeiras horas da manhã, a negociação com o Governo do Estado. Nesse
sentido, manifestamos nossa total solidariedade com a coordenação do movimento
unificado, que, além de manter uma manifestação pacífica, reuniu-se com o
Presidente da Assembleia e as Lideranças partidárias e produziu um acordo
vitorioso, ao garantir o compromisso dos representantes do Governo com a
retirada do Pedido de Urgência dos projetos que deveriam ser votados na
terça-feira. As Bancadas do PT, do PCdoB, do PTB e do PSOL reafirmam os seus compromissos
históricos com a democracia e o pleno funcionamento das instituições
democráticas. Portanto, manifestam seu total apoio ao acordo produzido pela
coordenação do movimento unificado e respaldado pela assembleia-geral realizada
na Praça da Matriz, de desbloqueio do acesso à Assembleia Legislativa, com a
concomitante retirada dos Regimes de Urgência por parte do Governo. Reafirmamos
os nossos compromissos com a discussão dos temas em debate, a partir da
retirada desse Regime de Urgência, como do projeto de criação da Previdência
Complementar, da extinção de fundações e as demais propostas do Governo
Estadual.
Eu
quis manifestar a nossa posição com as palavras desses quatro partidos, porque
esta questão não é e não pode ser tratada como partidária, Governo e oposição.
Nós vivemos um momento dramático no Estado do Rio Grande do Sul, em que a base
do Governo, lamentavelmente, concorda e opera, por exemplo, com que os
depósitos judiciais só sejam votados, a sua ampliação ou a ampliação do seu
uso, quando forem votados outros projetos. Isso é irresponsável e perverso com
o funcionalismo estadual! Pegue-se esse dinheiro que está investido no sistema
bancário e use-se para pagar salários. E repito: 70% do funcionalismo recebem
salários menores do que R$ 2 mil! É inaceitável que o Governador continue
parcelando, colocando os trabalhadores em condições de miséria no Estado do Rio
Grande do Sul, fazendo essas opções e chantageando para aumentar impostos.
E
a unidade destas Bancadas – PcdoB, PT, PSOL e PTB –, certamente ampliada com
posições individuais de outras bancadas, reafirmam isso: há instrumentos para o
Governo do Estado governar, sim, e com calma, com diálogo construir uma nova
governabilidade. Não aceitamos que os trabalhadores paguem a conta, dessa maneira,
dessa situação caótica do Estado do Rio Grande do Sul.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra
em Comunicação de Líder.
O SR. CLÀUDIO JANTA: Sr. Presidente, colegas Vereadores,
público que nos assiste através da TVCâmara, nós temos alguns fatos para narrar
aqui, um que vem acontecendo no nosso Estado, a questão dos funcionários
públicos, dos reajustes que o Governo vem fazendo na questão dos servidores.
Saliento que o Governo do Estado do Rio Grande do Sul vem seguindo uma cartilha
nacional, uma cartilha da Presidente Dilma Rousseff, que se elegeu dizendo que
não iria tirar direitos dos trabalhadores e dizendo que jamais iria retirar as
conquistas do povo brasileiro, e, principalmente, as conquistas sociais do povo
brasileiro. Aí, a Presidente edita um pacote – novamente, mais um pacote –
mexendo no bolso do povo brasileiro, mexendo no bolso dos funcionários públicos
e mexendo na economia do Brasil e, finalmente, mostrando a sua cara, a cara do
seu Governo, destinando R$ 34,4 bilhões para quem é seu parceiro de fato, que é
o sistema financeiro, que é o antigo empregador do Sr. Joaquim Levy – Ministro
da Economia. Um governo que tem um déficit de R$ 30,5 bilhões e prepara um
orçamento de R$ 60 bilhões em cima do povo brasileiro. Um orçamento de R$ 60
bilhões onde o Governo, novamente, vem com a grande saída que é aumentar
impostos e criar impostos, como é o caso da CPMF, que agora não é mais para a
saúde; agora é para a previdência. Agora, a CPMF vai
para a Previdência Social do Governo, a grande caixa-banca do Governo, a grande
caixa de Pandora do Governo, vai lá para esse caixa único sobre o qual ninguém
tem controle, ninguém sabe o que faz. O Governo que já tirou dinheiro da saúde
propõe tirar mais dinheiro da saúde ainda. A saúde que já está um caos. Aqui no
Rio Grande do Sul, nós estamos vendo centenas de leitos fecharem, nós estamos
vendo dezenas de UPAs que não conseguem abrir por falta de repasses da União,
nós estamos vendo a precariedade em que se encontra a saúde no Brasil inteiro e
principalmente no nosso Estado, e, agora, a Presidente, no seu pacote
mirabolante, a Presidente corta dinheiro da saúde. E corta também R$ 4,8
bilhões do programa Minha Casa, Minha Vida. A Presidente corta investimentos de
quem pode ajudar a economia a crescer, que é quem pode gerar emprego neste
País, que é o setor da construção civil. E volta, novamente – volto a repetir
aqui, porque essa é a política do Governo – a beneficiar o sistema financeiro,
a beneficiar os seus amigos banqueiros. E não mostra nenhuma saída eficaz para
essa crise. O Governo não faz a sua lição de casa, não corta nenhum Ministério,
não corta o mal pela raiz. Em nenhum momento a Presidente, nesse seu pacote que
só tira direito dos trabalhadores e direito do povo brasileiro, sinaliza
concretamente para o Governo começar a crescer, a voltar para os trilhos,
voltar a recuperar essa economia. Vem com uma coisa supérflua, uma coisa
inexistente, uma coisa que realmente leva o povo para a rua, leva os
trabalhadores a se angustiarem. Mas com muita força, fé e solidariedade nós
vamos continuar lutando para que o Brasil cresça e se desenvolva e que parem de
ocorrer as mentiras na política, principalmente as mentiras eleitorais.
Obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo
orador.)
(O Ver. Paulo Brum
assume a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum – às 14h51min): Havendo quórum, passamos à
O SR. KEVIN KRIEGER (Requerimento): Sr.
Presidente, requeiro o adiamento da discussão do PLCL nº 020/11 por três
Sessões.
O
SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Em votação o
Requerimento de autoria do Ver. Kevin Krieger. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO
.
O SR. KEVIN KRIEGER (Requerimento): Também, com
acordo das Lideranças de oposição e de Governo, solicito a alteração da ordem da
priorização de votação, para que possamos, imediatamente, passar à discussão e
votação dos PLL nº 012/14, PR nº 041/13 e PLL nº 005/15. Após retornaremos à
ordem normal.
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Kevin Krieger. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO
.
(O Ver. Mauro Pinheiro reassume a
presidência dos trabalhos.)
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 0217/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 012/14, de autoria do Ver. Marcelo Sgarbossa,
que proíbe a utilização de animais para desenvolvimento, experimentos e testes
de produtos cosméticos, de higiene pessoal, perfumes, e seus componentes, no
Município de Porto Alegre, e dá outras providências.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Elizandro Sabino: pela existência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
-
da CEFOR. Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela aprovação do Projeto
(empatado);
-
da CUTHAB. Relator Ver. Clàudio Janta: pela aprovação do Projeto;
-
da CEDECONDH. Relator Ver. Prof. Alex Fraga: pela aprovação do Projeto;
-
da COSMAM. Relator Ver. Mario Manfro: pela rejeição do Projeto.
Observações:
- incluído na Ordem do Dia em 03-06-15;
- adiada a discussão por duas Sessões em 10-08-15;
- adiada a discussão por duas Sessões em 17-08-15.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em discussão o PLL nº 012/14. (Pausa.) O Ver.
Marcelo Sgarbossa está com palavra para discutir o PLL nº 012/14.
O SR. MARCELO
SGARBOSSA: Boa tarde a todos e a todas. Há dez dias, quando tentamos votar este projeto,
acabou sendo fixada a ideia de votar primeiramente o projeto do Ver. Reginaldo
Pujol, mas hoje ele foi adiado. Portanto, agradeço ao Ver. Kevin Krieger, Líder
do Governo, que fez um requerimento e colocou este projeto com sendo o primeiro
na ordem de priorização. Agradeço, também, pela sensibilidade dos Vereadores –
não lembro se consegui conversar com todos – que são favoráveis. É um projeto
muito simbólico, Ver. Tarciso, porque ele revela, na nossa opinião, um grau de
civilidade que nós temos que ter com os outros seres vivos. O que nós estamos
fazendo aqui com este projeto? Ele foi uma sugestão de ativistas aqui de Porto
Alegre, baseado nas experiências de outros Estados, no caso de São Paulo,
proibindo que se instalem aqui empresas que utilizam os animais para testes em
produtos supérfluos – eu diria assim –, como produtos de higiene e cosméticos.
Para vocês terem uma ideia, quando um novo xampu é testado, ele é jogado nos
olhos dos animais, para ver o quanto irrita os olhos. Na pele é feito da mesma
forma. Estou aqui somente colocando alguns exemplos, para dizer que isso é uma
crueldade que, nos dias atuais... E vejam, há toda uma outra linha de
elaboração de fabricação de cosméticos e produtos de beleza e de higiene, que,
justamente, fazem a seguinte propaganda: “Nós não utilizamos produtos testados
em animais”. Então, é desse nível civilizatório que nós estamos tratando aqui.
A Ver.ª Lourdes, ativista da causa animal, inclusive fez uma pesquisa, junto à SMIC – me relatou a semana passada – que não há empresa estabelecida em Porto Alegre... Então, se há algum Vereador ou Vereadora com que, eventualmente, eu não tenha conversado, e tenha alguma preocupação com algum impacto econômico disso, algum desemprego, digo que não haverá. Mas fica o simbolismo e a ousadia de Porto Alegre, que neste caso está seguindo o exemplo de outros Estados, de não aceitar esse tipo de empresas, que em vez de buscar outras tecnologias e outras formas de testar seus produtos, testam justamente nos animais. É claro que sobre o teste no ser vivo – conversava há pouco com o Ver. Prof. Alex, que é biólogo, e com a Ver.ª Jussara –, a questão medicinal é uma outra questão. Há inclusive discussões acadêmicas sobre a questão de testes em animais na questão medicinal. Mas nós nem estamos tocando nisso; nós estamos aqui falando, especificamente, em cosméticos e produtos de higiene.
Quero agradecer, pois todos os Vereadores que
consultei se mostraram favoráveis ao projeto. Então, com felicidade, espero que
aprovemos, neste momento, este projeto e que sirva de exemplo a outras cidades
que tenham empresas efetivamente instaladas para que, em breve, ou
imediatamente, cessem essa crueldade aos animais e tenham essa sensibilidade.
Nós estamos falando aqui de outros seres que sentem dor – eu acho que esse é o
conceito que nós temos que trabalhar. O ser humano tem que estar sensível a
outros seres, não somente aos seres humanos. Nós, da nossa espécie, subjugamos
as outras, para um fim tão supérfluo como esse de que o projeto trata. Então,
quero agradecer aqui e pedir a confirmação dos Vereadores que já se
posicionaram – a grande maioria, com todos os que eu falei, pelo menos –
favoravelmente ao projeto. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Rodrigo Maroni está com a palavra para
discutir o PLL nº 012/14.
O SR. RODRIGO
MARONI: Boa tarde, Presidente Mauro Pinheiro, demais Vereadores, Vereadoras,
colegas de trabalho da Câmara Municipal, público que nos assiste pela TVCâmara,
pessoas que representam a causa animal, defensores dos animais, colegas
Vereadores das mais diversas áreas, da assessoria de gabinete, pessoal da
TVCâmara, auxiliares de limpeza, Guardas Municipais – temos diversos protetores
e protetoras –, porque, na verdade, hoje essa causa transcende até mesmo aos
protetores. Hoje discutir qualquer coisa relacionada à causa animal é ter a
certeza de que 80% das pessoas se sensibilizam com esse tema. Não é por nada
que tantas pessoas adotam, tantas pessoas tentam salvar, resgatar, e mesmo
aquelas pessoas que não têm tempo para trabalhar, Carolina Albuquerque – tu que
és uma protetora, além de uma ciclista – , também se sensibilizam com as
causas, e por isso é fundamental trazer esses temas todo o tempo de forma
pertinente.
E aí eu quero fazer uma saudação ao meu colega
Marcelo Sgarbossa, uma figura muito inteligente por quem sempre tive muito
respeito e tenho admiração pela sua sensibilidade para com os mais diversos
temas. Mesmo não te reivindicando um protetor como o centro gravitacional do
teu mandato, Marcelo, tu também trazes sempre temas muito relevantes para a
causa animal. Tu tens os temas do ciclismo e da mobilidade urbana, direitos
humanos e outros temas, mas tens trabalhando bastante pela causa animal. E eu
fico muito feliz por isso, porque acho que esse deve ser um tema que de fato
tome conta da reflexão de todos os Parlamentares do Brasil. Infelizmente, a
realidade hoje... E tu trazes diversos temas que muitas vezes não são efetivos
em Porto Alegre, como por exemplo que aqui não tem laboratório para isso, mas
servem para reflexão, para que as pessoas reflitam sobre o papel das empresas.
E aqui tu não só fazes um tema da relação da defesa dos animais – porque, se
pegarmos fotos de cosméticos e da indústria de produtos de perfumaria que utiliza
animais, se trouxéssemos fotos para verem como ficam os animais... –, tu fazes
um debate, além disso, da futilidade mesmo, de como a espécie humana hoje
retrocede.
Falar dos animais é falar de uma espécie superior à
nossa, uma espécie que tem a nos ensinar. Talvez, se eles estivessem aqui
ocupando o nosso espaço, as votações seriam superiores e muito mais
qualificadas do que o ser humano é capaz. Infelizmente, a nossa racionalidade é
também o que causa a nossa imbecilidade enquanto espécie humana. Só o ser
humano é capaz de fazer experimento e utilizar como se fosse patrimônio próprio
tudo o que é relacionado a terra, à natureza e aos animais; como se fosse nosso
e só a nossa geração pudesse usar e ponto final.
Então, quero fazer te uma saudação muito especial
pela tua sensibilidade com relação a esse tema. Acho que, além disso, tens que
tentar seguir e levar esse teu projeto, apresentá-lo em outras Câmaras de
Vereadores, para que outros Vereadores também façam isso como símbolo no
Interior de Porto Alegre. Eu quero dizer que vou fazer propaganda de ti na
Internet, vou fazer propaganda da tua iniciativa em todos os locais a que tenho
ido.
Eu quero fazer aqui uma referência. Ontem estive lá
no Bem-Estar Animal de Canoas, com o Prefeito Jairo Jorge, e quero dizer que
foi uma das mais belas e bem-sucedidas iniciativas relacionadas à defesa dos
animais que eu conheci no Estado.
Muita gente tem dito “ah, mas tu és Vereador de
Porto Alegre”, e, assim como tu
cumpres esse papel, que é inteligente, de gerar reflexão, que vai além de ser
Vereador, eu também me coloco à disposição de outros Municípios por isso,
Marcelo. Eu não tenho um voto em Canoas, mas é fundamental fortalecer as
experiências que dão certo. É fundamental ajudar! Se passarmos ali na ponte...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Presidente concede tempo para o término do
pronunciamento.)
O SR. RODRIGO
MARONI: ...de Cachoeirinha e tiver um cachorro agonizando, atropelado, nós, como
seres humanos – porque Vereador não é um estado permanente – não podemos
colaborar, porque somos Vereadores de Porto Alegre? Inclusive eu defendo que
façamos uma discussão aqui, Marcelo – e eu quero a tua colaboração; é óbvio que
não é o momento, já que o Estado está fragilizado –, tem que se discutir hoje
um hospital público estadual, porque hoje, sabia que, em Cachoeirinha, um
cachorro morre porque não tem a quem recorrer? Ou se leva a um ambiente
particular, a uma ONG, ou morre. Em Viamão morre, porque não tem como a gente
trazer para Porto Alegre, assim como não tem como levar para Canoas! Eu acho
que, talvez, a experiência mais bem-sucedida que se tem seja em Canoas. Eu fui
ontem lá conhecer e fiquei absolutamente impressionado com o trabalho!
Parabéns, Marcelo! Parabéns por estares junto nessa causa!
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Lourdes Sprenger está com a palavra para
discutir o PLL nº 012/14.
A SRA. LOURDES
SPRENGER: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras; público que está
presente aqui para aguardar o resultado do projeto do nosso colega Sgarbossa,
eu também quero fazer esclarecimentos de que esse método de pesquisa que vem há
mais de 300 anos sendo utilizado em animais hoje teve alteração nas resoluções
federais, e nós queremos dizer que existe uma distinção entre pesquisa para
cosméticos e produtos de higiene e pesquisa nas universidades para fins de
medicamentos entre outros, que é a mais agressiva.
Eu quero dar uns números aqui. Nós temos 230
institutos credenciados no País, sendo que 154 estão com seus registros em
andamento, 76 foram deferidos, em torno de 33%; então está regulamentado, mas
as pesquisas existem.
Também temos 146 universidades que podem pesquisar,
mas aguardam análise final de autorização, e 50 institutos ou laboratórios,
sendo que 34 têm comissão de ética, e essas comissões de ética têm entidades
protetoras que eu gostaria muito de conhecer e que não aparecem externamente,
mas que fazem parte dessa Comissão de Ética que usa animais para pesquisas ou
vivissecção. E ainda nós temos, de pesquisas resultantes, 153 que não são
oficializadas pelo Governo, 34 sem comissão de ética. Então, vejam bem o que os
animais podem passar nesses meios; ou ainda, dos que usam animais, mas que
buscam meios alternativos para substituí-los, apenas dez estão nesse contexto
para mudar.
Também quero dizer que a Anvisa criou uma resolução
em agosto do ano passado, permitindo ou dando um período de até cinco anos para
pesquisa de cosméticos e de higiene em métodos alternativos, que pode ser um software... Então essa regulamentação é resultante de quê? Desde a invasão dos
laboratórios onde pesquisavam usando os cães da raça beagle. A repercussão nacional foi muito grande, e então a Anvisa
correu e se atualizou, o que era já uma demanda que se tinha no País. E isso já
vem sendo bem discutido externamente, e que eu lembre, aqui nesta Casa, desde
2004, quando o movimento gaúcho fez grandes defesas contra a vivissecção.
E quero salientar ainda que há o Projeto de Lei nº 438/13, para o qual nós demos a nossa pequena contribuição, que é um projeto que saiu do Senado para ir para o Congresso, proibindo de vez o uso de animais em testes de produtos e cosméticos, que se tornará, se Deus quiser, uma lei nacional regularizando tudo. Quanto ao projeto do meu colega Sgarbossa, que eu tenho um grande respeito, é um projeto que não vai alterar nada no Município de Porto Alegre, por quê? Nós não temos empresas registradas com o CNPJ, com o Alvará, no Município para este tipo de pesquisa, nós temos nas Universidades, Fundação, na própria UFRGS, eu acho que é onde o Sgarbossa é professor, temos lá os laboratórios de pesquisa com animais. Na PUC e também numa Fundação que eu sei que pesquisam com ratos. Esta lei ela dá visibilidade, é o que tem de positivo, se alguém quiser vir fazer pesquisa em cosmético, já tem a Resolução Federal e também teria que ter o registro aqui em Porto Alegre, essa lei da visibilidade para não ocorrer, e também os 24 meses. Ver. Sgarbossa, já que eu vou votar a favor desta lei, mesmo que ela não tenha repercussão de imediato, seria só se viesse alguém se instalar em Porto Alegre, tirar os 24 meses. Então, já que a lei é para a prevenção, vamos usar a prevenção. As pesquisas continuarão sim, nas Universidades, porque por mais que nós tenhamos uma lei federal que considera maus tratos, crime, não temos como impedir esse tipo de pesquisa, neste momento, dos animais com relação a medicamentos, entre outros, se eu destacar aqui é bem difícil para nós que somos da causa animal, defensores, aceitar o tipo de pesquisa em prol, dizem os pesquisadores, da melhoria da saúde humana, e é nesse sentido que ainda teremos muitos animais em sofrimento. Eu me associo a ti, Ver. Sgarbossa, que é professor da Universidade, para mexer com as nossas Universidades e ver se, realmente, precisa usar tantos animais para esses testes onde têm muitas contradições...
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Lourdes Sprenger prossegue a sua
manifestação de discussão do PLL nº 012/14, a partir deste momento, por
cedência de tempo do Ver. Clàudio Janta.
A SRA. LOURDES
SPRENGER: Têm muitos estudos que reprovam esse tipo de pesquisa, não na sua
totalidade, que não deveria ser continuado. Nós sabemos a força que existe para
esta continuidade, teríamos que ter uma agregação muito grande de vontade
política, junto da Anvisa, do Senado e do Congresso, para que, no País, nós excluíssemos essas pesquisas ou
déssemos um prazo, como foi dado agora, de até cinco anos para que todos os
pesquisadores se atualizem e passem a utilizar métodos alternativos para
produtos de cosméticos e de higiene.
Queremos dizer também que nem todos os tipos de
pesquisa – nós citamos o percentual – estão regulamentados, nem todos têm
autorização, nem todos têm Conselho de Ética. Esse Conselho de Ética tem uma entidade
protetora, e eu gostaria muito que fossem nominadas aqui as entidades que fazem
parte desse Conselho, porque nós queremos saber que tipos de pesquisas estão
sendo feitos em nosso Estado, tratando-se de vivissecção, ou seja, pesquisas
com animais. Obrigada.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Reginaldo
Pujol está com a palavra para discutir o PLL nº 012/14.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras.
Vereadoras e Srs. Vereadores, esse projeto não é novo, está na Casa desde o ano
passado. Foi protocolado logo no inicio do ano, no dia 30 ou 31 de janeiro, e
vem, obviamente, tramitando, merecendo a análise das Comissões a que estava
submetido. Entre elas, a primeira Comissão, obviamente, por determinação
regimental, a que a matéria foi submetida, foi a Comissão de Constituição e
Justiça, Ver. Paulo Brum, do ano de 2014, quando eu era Presidente. Lá, o Ver.
Elizandro Sabino manifesta a sua solidariedade com a posição da Procuradoria da
Casa e declara a existência de óbice, impedindo a regular tramitação da matéria
– isso em 4 de junho de 2014. Na Comissão, eu votei favoravelmente à posição do ilustre Relator, e vários Vereadores me acompanharam; o único voto
discordante, foi do autor do projeto, Ver. Marcelo Sgarbossa.
O que diz o Parecer,
agasalhado pela manifestação da Comissão de Constituição e Justiça? Parecer
Prévio firmado por Cláudio Roberto Velasquez, Procurador-Chefe da Procuradoria
Jurídica da Casa, depois de fazer uma análise, ele diz (Lê.): “Contudo, por força
do que dispõe a Constituição da República, no artigo 24, incisos V e VI,
compete à União e ao Estado legislar sobre produção e proteção ao meio
ambiente. E a União, no exercício de sua competência, editou a Lei nº
11.794/08, que autoriza e regulamenta a utilização de animais em atividades de
pesquisa científica em todo o território nacional. O projeto de lei, vênia
concedida, tem conteúdo normativo que não se ajusta à normatização federal,
incidindo em violação aos preceitos constitucionais antes indicados e
extrapolando do âmbito de interesse local, de competência do Município.” Esse
Parecer é suficientemente claro a respeito da matéria, especialmente agora
depois que ouvimos a Ver.ª Lourdes dizer que não existe aqui em Porto Alegre
ninguém que esteja fazendo pesquisa com essa finalidade que se pretende evitar.
Para fazer esse tipo de pesquisa tem que se tomar uma série de providências por
imposição da legislação federal e, inclusive, receber autorização da Anvisa,
sem a qual ele não faz isso.
É óbvio que somos contrários a que se sacrifiquem
animais, apenas por sacrificar animais. Mas a pesquisa cientifica, como a
alimentação humana, abre uma porta enorme porque diariamente milhões de animais
sejam sacrificados no mundo inteiro para que ocorra a alimentação. E algumas
não, mesmo dessa intensidade, para fazer a pesquisa científica...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Presidente concede
tempo para o término do pronunciamento.)
O SR. REGINALDO PUJOL: ...Inclusive, e
especialmente a pesquisa que visa, em muitos casos, a produção de remédios,
absolutamente necessário para a preservação da vida humana e mitigação das
dores e assim por diante.
Então, como
é do meu feitio, Sr. Presidente, eu não escondo meus votos. Eu já votei pela
existência de óbice nessa matéria, vou reafirmar o meu voto que irei dar dentro
em breve, quando a Casa, pelo seu conjunto de seu Plenário, for chamada a
decidir sobre a mesma. Era isso, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação
nominal, solicitada pelo Ver. Reginaldo Pujol e Ver. Nereu D’Avila, o PLL nº
012/14. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 25 votos SIM e 02
votos NÃO.
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte)
2ª SESSÃO
PROC.
Nº 2829/13 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 041/13, de autoria do Ver. Alberto Kopittke, que inclui art. 29-A
na Seção I do Capítulo II da Resolução nº 1.178, de 16 de julho de 1992 –
Regimento da Câmara Municipal de Porto Alegre –, e alterações posteriores,
determinando que as reuniões das Comissões e das audiências públicas por essas
realizadas sejam transmitidas em tempo real pela internet e permitindo aos
cidadãos que as acompanham enviar perguntas por meio eletrônico. Com Emendas nºs 01 e 02.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Waldir Canal: pela existência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CEFOR. Relator
Ver. Bernardino Vendruscolo: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB.
Relator Ver. Pedro Ruas: pela aprovação do Projeto (empatado);
- da CECE. Relator
Ver. Tarciso Flecha Negra: pela aprovação do Projeto;
- da CEDECONDH.
Relatora Verª Fernanda Melchionna: pela aprovação do Projeto;
- da COSMAM.
Relator Ver. Marcelo Sgarbossa: pela aprovação do Projeto.
Observações:
-
discussão geral nos termos do art. 126 do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia em 10-06-15.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em discussão,
em 2ª Sessão, o PR nº 041/13. (Pausa.) A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a
palavra para discutir, em 2ª Sessão, o PR nº 041/13.
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras.
Vereadoras, eu quero discutir o projeto do Ver. Alberto Kopittke, que, hoje,
está em 2ª Sessão de discussão; não vai à votação ainda, mas eu acho que é um
projeto que vem numa lógica de aumentar a participação e a transparência.
O projeto é bastante claro no que diz respeito à
ideia de as nossas reuniões da Câmara de Vereadores serem transmitidas pela
Internet, com a possibilidade de receber perguntas da população, colocações e
transmissão em tempo real.
Eu fiz uma emenda, Ver. Alberto Kopittke, colocando
também as Comissões Parlamentares de Inquérito, pois achamos fundamentais esses
espaços, que também tratam de temas muito importantes. Nós tivemos a Comissão
Parlamentar de Inquérito para investigar a roubalheira na Procempa; agora, o
Ver. Bernardino e um conjunto de outros Vereadores estão na CPI do Acampamento
Farroupilha, e nós precisamos destes espaços. Esta luta contra a corrupção é
uma luta que tem que ser permanente, mas, muitas vezes, nós vemos relatórios
que isentam os Governos das responsabilidades e vemos a lentidão na punição dos
corruptos e corruptores. A socialização destas informações, a publicidade, a
possibilidade de a população acompanhar ajudam, pelo menos, na luta, na
possibilidade de transformar a indignação contra a corrupção em mobilização, e,
ao mesmo tempo, na possibilidade de acelerar julgamentos jurídicos que, via de
regra, não são os tempos de toda a investigação ou todo o julgamento político.
São medidas que ampliam a participação.
Queremos defender a nossa emenda, e, do ponto de
vista das Comissões, concluo, Ver. Alberto, falando de uma experiência
interessante que fizemos na CEDECONDH, no ano passado, quando o V. Exa. era
Presidente e eu era integrante: fizemos uma audiência sobre a Bike Poa, e nesta
audiência, vieram perguntas pela Internet. Estava recém começando a onda do
WhatsApp, pelo qual eu recebi contribuições sobre o tema que estávamos
discutindo naquele momento na Comissão, o que pode, obviamente, qualificar o
conjunto das Comissões da Casa e o conjunto dos debates na Cidade. O que não
ajuda a qualificar é a ausência do Governo nos debates. Ontem, na nossa
audiência da Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança
Urbana, que tratava da licitação do Bike Poa, um serviço bastante importante
para a cidade de Porto Alegre, que mostrou que um amplo setor da população –
são quase 500 mil viagens nestes cinco anos – utiliza esse serviço, mostra o
espaço da bicicleta como meio de transporte, mostra a necessidade de haver uma
integração das políticas de mobilidade urbana. Nós fizemos uma audiência,
ontem, na Comissão de Direitos Humanos, requerida pelo Ver. Marcelo Sgarbossa,
e o Governo não veio. Então, nós temos que avançar, certamente, na
transparência e na publicidade desses eventos. O projeto do Ver. Alberto
Kopittke é muito importante, é salutar para que a Câmara possa ampliar os
mecanismos de participação, mas a Prefeitura tem que fazer o dever de casa e
comparecer às reuniões. A ausência da EPTC, ontem, nessa discussão foi um
desrespeito com a Comissão de Direitos Humanos. A convocatória chegou em tempo
hábil, a Prefeitura disse que não mandaria representação, não mandou ofício ao
Presidente Mauro Pinheiro, não mandou ofício à Comissão de Direitos Humanos e
Defesa do Consumidor, nós não recebemos nenhuma comunicação oficial do Prefeito
com relação à audiência realizada ontem na CEDECONDH, não chegou nem na
presidência e nem na comissão, a nossa assessoria da Comissão entrou em contato
com a assessoria da presidência. E a discussão sobre o edital, que foi
publicado em 31 de agosto, que ninguém localizava na Internet, um edital meio
fantasma porque ninguém encontrava no site
da EPTC, na verdade, mostra que o edital não propõe a ampliação do Bike Poa. Ao
contrário, amplia só em dez estações, e não em 40, como estava veiculado em
alguns meios de comunicação; não leva em consideração melhor proposta no
conceito de menor preço para o usuário e melhor qualidade para a cidade de
Porto Alegre; não avança em acessibilidade; não garante a substituição do uso
do smartphone. Enfim, o que eu queria
deixar registrado aqui é a ausência da participação da Prefeitura na tarde de
ontem, repudiar – como Presidente da Comissão de Direitos Humanos – essa
postura, e, depois, os encaminhamentos com relação ao tema dos alugueis de
bicicleta daremos durante a semana, deixando muito claro o nosso registro de
que a incompetência da Prefeitura não pode atingir os serviços. É necessário
garantir a continuidade dos serviços, até se ter um edital decente, que
corresponda às necessidades da cidadania, mas, até lá, que haja a prorrogação
dos serviços para garantir à população de Porto Alegre o Bike Poa da nossa
Cidade.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra para
discutir, em 2ª Sessão, o PR nº 041/13.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, eu fui o relator deste projeto na
CUTHAB e dei um parecer favorável para que ele viesse a plenário para trazermos
esse tema à discussão. Na verdade, o Ver. Alberto pede que esse tema não seja
votado hoje, mas que nós discutamos esse tema, porque nós estamos fazendo uma
lei para nós mesmos. Nós estamos fazendo, na verdade, eu acho, um indicativo
para a Mesa Diretora da Casa para que faça a transmissão das reuniões das
Comissões. Eu presidi a CPI da telefonia e pedi que fosse feita sua
transmissão, o que não foi possível. Nós tivemos, como a Ver.ª Fernanda muito
bem lembrou, a CPI da Procempa, a CPI da invasão, a CPI do acampamento, temos
reuniões das Comissões que são importantes, como do Orçamento, do reajuste da
passagem, da própria CUTHAB e as próprias audiência públicas que tem nesta Casa
que se transformariam em grandes audiências públicas com a transmissão ao vivo
e com a interatividade da população. E várias vezes as Comissões, os
Presidentes, os membros pedem que seja feita a transmissão dessas reuniões,
assim como é feita a transcrição delas pela equipe de taquigrafia da Casa. Então
eu acho que, na verdade, este projeto do Ver. Alberto vem com o intuito de que
a Mesa Diretora da Casa acate isso e permita que nós façamos essa discussão. Eu
acho que não cabe a nós fazermos uma lei para nós mesmos. Não cabe a nós
fazermos uma lei para nós mesmos indicar o que temos que fazer. Agora, eu acho
que é de interesse de vários membros desta Casa que se amplie a democracia
nesta Casa, que as pessoas tenham acesso, como têm às sessões desta Casa – as
pessoas acompanham semanalmente as sessões desta Casa ao vivo, e, as que não
são ao vivo, as gravações dessas sessões –, elas acompanham o nosso trabalho,
até para tirar esse rótulo que existe na sociedade de que nós não fazemos nada,
mas nós sabemos o quanto trabalhamos. Nós sabemos o quanto trabalhamos no dia
de ontem, com as Comissões reunidas; o quanto trabalhamos fora desta Casa, com
as Comissões visitando in loco os locais, as pessoas, os
Vereadores visitando os departamentos da Prefeitura, os bairros de Porto
Alegre. Então, é importante que a população de Porto Alegre veja em tempo real
o trabalho que, de fato, executamos, o trabalho que fazemos em função e em
defesa do povo de Porto Alegre. Que isso não fique somente aqui dentro para
nós, que o povo veja os trabalhos que as Comissões fazem, que muitas vezes são
muito mais importantes que o trabalho nosso de plenário.
O Sr. Alberto
Kopittke: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Caro Ver. Janta,
agradeço as palavras de análise do mérito do projeto. O senhor tem toda a
razão: não é um projeto de lei, é um projeto de resolução, exatamente para
incluir no Regimento da Casa o que já foi feito na época em que se pactuou a
transmissão das nossas Sessões, incluindo a transmissão das reuniões das
Comissões e audiências públicas que a Casa organiza. Então, esse é o objetivo
de um projeto de resolução, como me orientou aqui o Departamento Legislativo da
Casa; para que isso se torne regra, e não mais exceção, para que não se tenha
que pedir toda vez para tentar que seja transmitido. Esse é o intuito do
projeto.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC. Nº 0650/15 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO
Nº 005/15, que autoriza
o Executivo Municipal permutar próprio municipal, localizado na Avenida
Loureiro da Silva, nº 1.955, matrícula 144.225 do Cartório de Registro de
Imóveis da 2ª Zona de Porto Alegre, por imóveis particulares de propriedades da
Sucessão de Aldo Besson, localizados na Avenida Diário de Notícias, Matrículas
nº 46.520, nº 46.521 e nº 46.522, do Cartório de Registro de Imóveis da 5ª Zona
desta Capital, para implantação da rotatória entre as Avenidas Diário de
Notícias, Icaraí e Wenceslau Escobar.
Parecer:
-
da CCJ. Relatora Verª Lourdes Sprenger: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta
dos membros da CMPA - art. 82, § 1º, VIII, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia em 22-02-15 por força do
art. 81 da LOM;
- adiada a discussão por três Sessões em 03-08-15.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em discussão o PLE nº 005/15. (Pausa.) A Ver.ª
Sofia Cavedon está com a palavra para discutir o PLE nº 005/15.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, esse projeto é um
processo de permuta de área pública, na Av. Loureiro da Silva, Cidade Baixa –
uma área importante, estratégica, mais de 2 mil metros quadrados, coberta com
muito verde –, por uma área já utilizada pela Prefeitura de Porto Alegre. É
essa a afirmação que nós temos do Líder do Governo e que está no projeto, áreas
utilizadas para rótulas na Av. Diário de Notícias.
O meu questionamento, em primeiro lugar, é sobre a
escolha do terreno: por que esse terreno? Aqui, na Cidade Baixa, nós já temos
um impacto importante de um prédio enorme do outro lado da 1ª Perimetral, um
prédio que, na minha opinião, não tem harmonia com a nossa Cidade Baixa, com a
UFRGS, com essa ambiência, que é um prédio de estacionamentos da
Melnick Even, se não me engano. Acho que, com isso, a Cidade Baixa está
sendo impactada negativamente, portanto, temos que pensar compensações
ambientais, espaços de respiradouro de ambiência, de vivência. Pensar que a
Cidade Baixa é uma área da Cidade muito requerida pela população de Porto
Alegre, bastante congestionada quando dos carnavais. Este ano o carnaval de rua
voltou às ruas da Cidade Baixa, com milhares e milhares de pessoas brincando,
foliões, famílias, e nós precisamos desafogar essa demanda de cidadania e de
cultura. Então, essa área destinada para o empreendedor privado, possivelmente,
venha a ser construída.
O meu segundo argumento é que nós temos uma
Prefeitura que, em tese, é muito desesperada para construir escolas infantis,
porque tem, Ver. Prof. Alex, uma demanda de oito mil novas vagas para quatro e
cinco anos no ano que vem, a qual terá que atender, porque é matrícula
obrigatória. Nesta sexta-feira, vem o Tribunal de Contas apresentar aqui o
estudo que tem do Rio Grande do Sul e de Porto Alegre, e a Prefeitura de Porto
Alegre, com isso, Ver. Airto Ferronato, argumenta que precisa desalojar a
Escola Porto Alegre, que é uma escola para meninos e meninas em situação de
rua. E nós já apontamos que, no Centro da Cidade, e a prova está aqui, há áreas
públicas muito adequadas, muito apropriadas para construir escolas infantis.
Outro dia, apareceu no Fantástico que Porto Alegre tem 27 escolas infantis.
Aqui está a área (Mostra mapa.): Rua Sarmento Leite, Rua Gen. Lima e Silva e
Av. Loureiro da Silva. Uma enorme área pública municipal, que, certamente,
acolherá muito bem uma escola infantil do Governo Federal, que tem recursos
para tal, tem projetos para tal, Ver. Janta. Não é possível que a Prefeitura de
Porto Alegre vai ceder, em troca de uma obra já construída, portanto, o
proprietário, possível beneficiário, ele já aguardou, já cedeu, não tem nada de
urgência. Uma área nobre como essa, verde, estratégica, para atender as
crianças de Educação Infantil, e a Prefeitura dizendo que precisa terminar com
o trabalho da escola para os adultos e jovens em situação de rua. Nós tentamos
fazer um apelo ao Ver. Kevin Krieger. Afirmo que esse processo não tem nenhum
debate com a sociedade, nenhum debate com o Conselho do Plano Diretor do Centro
da Cidade, nenhum debate com a Cidade Baixa, nenhum debate com Orçamento
Participativo, que eu conheça. Então, não tem aqui a manifestação, Ver.ª
Jussara, da vontade popular da Região aqui. E, de outro lado, nesta Casa,
apenas passou pela Comissão de Constituição e Justiça – CCJ, lá em abril, e não
havia óbice. Bem, essa é uma posição técnica, eu quero crer, mas não podemos
discutir na Comissão de Educação,
Cultura, Esporte e Juventude – CECE, por exemplo, Ver. Pujol, ou na
Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do Mercosul – CEFOR, da qual não
tenho a opinião sobre os valores – R$ 6 milhões, aqui foi avaliado o terreno e
a troca de terrenos. Então, eu não sei, acho que a Câmara de Vereadores está
votando às cegas se votar hoje. Minha proposição é o adiamento e, no mínimo,
uma Reunião Conjunta das Comissões para ouvir a cidadania do Centro da Cidade,
para ouvir o Plano Diretor, o Conselho do Orçamento Participativo. Porque, com
certeza, há muitas outras áreas que o empresário pode receber em um lugar sem
ser essa, que é estratégica e que atende a uma demanda da própria Prefeitura.
Então, eu gostaria de fazer um apelo por mais debate, em especial com a
cidadania e com todas as demandas aqui aprazadas.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra para
discutir o PLE nº 005/15.
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: A Ver.ª Sofia já trouxe um mapa para os Vereadores
e as Vereadoras analisarem; eu quero trazer dois elementos. O primeiro é de
forma: os Vereadores falavam, enquanto a Ver.ª Sofia falava, e o Ver. Kevin,
Líder do Governo, também nos falou, que essa rotatória já é utilizada desde
2009, portanto a Prefeitura também já havia feito compromisso de permuta. Bom,
então é rasgar qualquer discussão com relação à independência e à
Câmara analisar uma matéria. Porque se já está a rotatória sendo utilizada e a
promessa já havia sido esse terreno na Lima e Silva, digamos que seja em 2009 e
não 2008, nós estamos debatendo seis meses depois um negócio que a Prefeitura
já está em tratativa e que manda para a Câmara de Vereadores dizendo que aqui
está desde março, portanto tem que ser votado sem nenhum tipo de discussão com
o Conselho Municipal do Plano Diretor, sem nenhuma audiência pública da CUTHAB,
da CECE – e também é direitos humanos, segurança urbana, defesa do consumidor,
várias comissões têm relação com a matéria. Eu acho que essa prática de
acelerar, de colocar o 81 e não ter uma análise política dos projetos é muito
complicada, porque aqui tem dois debates. O primeiro das características do
bairro Cidade Baixa. Não vou nem entrar nas análises, nas avaliações, Ver.
Kevin, que a Fazenda fez dos dois terrenos. De qualquer maneira, a questão é
discutível. Nós estamos falando de uma área nobre da cidade de Porto Alegre que
é o bairro Cidade Baixa. Num processo de ampliar o espaço da especulação
imobiliária no controle dos bairros da nossa Cidade tem acontecido. Se falou da
Melnick Even, ali ao lado da Praça Salvador Allende, se pode falar nos prédios
que foram construídos no Menino Deus, no Bairro Petrópolis, na própria Cidade
Baixa, que é um processo em que a Prefeitura vendendo o Índice Construtivo,
autorizando projetos especiais – aliás, tirando da Câmara de Vereadores
projetos de impacto 1 e 2 para discutir a causa em que a maioria na Prefeitura
vai drenando e vai conduzindo os interesses da especulação imobiliária nos
terrenos da Cidade.
Quando discutimos a
Zona Rural, segunda-feira, era um debate que podia ser feito. Quando a
Prefeitura não pode mudar a característica na força de um bairro, muda pela
lei. E foi isso que aconteceu quando se tirou do Plano Diretor a Zona Rural,
construindo mais um nicho de mercado na Zona Sul para especulação imobiliária.
Que bom que voltamos atrás, segunda-feira, retomando um pedaço dessa área para
valorizar a característica rural e de produção primária daquela região. Foi um
processo de luta e de mobilização que conquistou ainda um espaço insuficiente.
E essa luta nós também fazemos em outros espaços da Cidade. No bairro Cidade
Baixa, nós lutamos sim contra os interesses da especulação imobiliária quando
quiseram tirar a característica cultural do Bairro para garantir mais espaço
para a especulação imobiliária. E nós fazemos sim quando vemos que um terreno
desse porte não ser permutado pela Prefeitura sem nenhum tipo de
consulta, sem nenhum tipo de espaço democrático para discutir com o bairro que
tem característica, que tem tradição de debate de mobilização.
Além disso, outro
elemento trazido foi a questão do terreno para a escola infantil. Nós estamos
na luta em defesa da Escola Porto Alegre; então listamos para o Governo três
terrenos que, no Centro, poderiam ser utilizados para a construção de uma nova
escola de Educação Infantil, e a Prefeitura não só não demonstrou interesse por
nenhum dos três terrenos que foram apontados como também pela ampliação de
escolas infantis que já existem, como é o caso da escola infantil ali do Alto
da Bronze, que poderia ser ampliada para garantir o aumento do atendimento às
nossas crianças. O que nós vemos, na verdade, é uma lógica de higienização
social, ou seja, uma lógica de atacar a única escola para a população em
situação de rua em Porto Alegre, uma lógica que é inclusiva, uma lógica que usa,
que entende a educação como parte dos projetos fundamentais para todos e todas.
Infelizmente, nós vemos a lógica da Prefeitura no contrário. Esse projeto pode
significar a ampliação da especulação imobiliária no bairro Cidade Baixa somada
a uma lógica de atacar um dos poucos equipamentos para a população em situação
de rua na cidade, que é a Escola Porto Alegre...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Presidente concede
tempo para o término do pronunciamento.)
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: ...Todos sabem a
nossa opinião contra o projeto, obviamente, mas nós queremos que esse debate
seja feito com a Cidade. Insistimos, aqui na tribuna, no sentido de que uma
reunião pública possa ser feita, que se envie isso para o Conselho Municipal do
Plano Diretor para que o conjunto da cidadania possa discutir e intervir no
tema. Mas nós vamos votar contrariamente.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Kevin
Krieger está com a palavra para discutir o PLE nº 005/15.
O SR. KEVIN KRIEGER: Boa tarde. Quero
cumprimentar o Presidente Mauro PinheIro; os Srs. Vereadores, as Sras.
Vereadoras; o público que está aqui conosco e os que nos assistem. Eu venho a
esta tribuna no intuito de esclarecer algumas questões que foram colocadas,
inclusive algumas colocações que misturam uma coisa com a outra. A Ver.ª Sofia
veio falar em relação a que esse espaço poderia ser cedido e lá ser construída
uma escola municipal. Acho que o nosso Governo tem toda a tranquilidade de
falar que é o Governo que mais construiu escolas infantis ao longo dos últimos
anos na nossa Cidade. Mas entrando na discussão deste projeto, mais uma
vez, a oposição vem a esta tribuna dizendo que nós estamos apressando a
votação, Ver. Pujol. Este processo está desde março, e olha o tamanho dele,
desde março. No mês de junho, este projeto veio à votação, e a oposição, Ver.
Clàudio Janta, me solicitou que eu o retirasse de votação para eu poder
analisar o projeto. Eu, prontamente, retirei o projeto, e agora depois do retorno
do recesso, passado alguns meses, nós colocamos, novamente, em votação esse
projeto. Para que as pessoas possam entender, o Município usou 2.880 metros do
cidadão para fazer as rotatórias da Zona Sul, as rotatórias no entorno do Barra
Shopping, no valor estipulado de R$ 6.114.000,00, e vem negociando com esse
proprietário, oferecendo alguns terrenos. E todo esse processo, Ver. Clàudio
Janta, passou em todas as áreas de controle e fiscalização do Município de
Porto Alegre. Passou na Comissão de Avaliação de Imóveis, composta por
servidores. Então, eu tenho toda a tranquilidade de dizer aqui que esse
processo foi muito bem feito, não teve pressa nenhuma, e o Município está
ganhando, Pujol, porque nós estamos colocando 2.400 metros quadrados, enquanto
o Município buscou 2.800 metros quadrados e alguma coisa. Então, são mais de
400 metros quadrados que o Município leva de vantagem nesse processo. Além do
que, qualquer construção se vier a ser feita neste espaço, vai ter que passar
por diversas discussões como a oposição está pedindo. Ninguém chega e constrói
alguma coisa do jeito que quer. Então eu fiz questão de fazer esses
esclarecimentos pedindo apoio, para que a nossa base entenda a importância,
porque faz cinco anos que o Município já utilizou, sim, e fez obras diversas na
cidade de Porto Alegre e melhorou a qualidade de vida de toda a nossa Zona Sul.
O Sr. João
Carlos Nedel: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) E é importante que
se esclareça, que o terreno que a Prefeitura vai receber é fundamental para nós
implantarmos os BRTs, justamente ali ao lado,
nesses terrenos da sucessão de Aldo Besson.
O Sr. Cassio Trogildo: V. Exa. permite um
aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Kevin, como V. Exa. acaba de dizer, esse
projeto não teve pressa; aliás, está até, de certa forma, atrasado, porque a
rótula já está implantada. Quanto à duplicação da Av. Diário de Notícias, em
que foi construída a primeira ciclovia da gestão do Prefeito Fogaça, aquela
rotatória dependia dessa permuta. Então, na verdade, a permuta, na prática, já
aconteceu; está sendo só institucionalizada, agora, pelo projeto de lei. É um
equipamento que já está lá, implantado na Av. Diário de Notícias. Agora, a Av.
Wenceslau Escobar, inclusive, está tendo uma duplicação, fruto de outra
contrapartida.
O SR. KEVIN KRIEGER: Muito obrigado, Ver.
Nedel e Ver. Cassio. Mais uma vez, agradeço.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Sofia
Cavedon está com a palavra para discutir o PLE nº 005/15, por cedência de tempo
do Ver. Prof. Alex Fraga.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Obrigada, Ver. Prof.
Alex Fraga. Eu quis voltar, porque a população que não está aqui vai achar que
um processo desta grossura ficou aqui nesta Casa sendo informado e tal. O Ver.
Kevin consegue fazer uma boa pirotecnia quando quer... Este é um processo do
Município, de tramitação dentro do Município, e não aqui no Parlamento.
Desculpem, Município somos todos nós; Executivo e Parlamento. O processo do
Executivo iniciou em 10 de outubro de 2012. O Sr. Aldo Besson fez a abertura do
processo, solicitando serviço patrimônio e subserviço alienação. Ora, senhores
e senhoras, a Prefeitura, sim, se deu o direito – e não só ela, mas várias
áreas foram oferecidas, quanto ao laudo de avaliação, na Av. Diário de Notícias
– de tramitar com esse processo. Tem impugnação, porque tinham feito errado,
tem várias cópias aqui. O problema não somos nós: em 2013, 2014, o
processo veio para cá quase dois anos depois– vamos precisar. Portanto, o
Executivo teve tempo para fazer alienação, para fazer avaliação para o
beneficiário escolher o terreno. Porque eu tenho certeza que a Prefeitura
ofereceu outros. Só aqui nesta Casa foram votadas quase 50 áreas que a
Prefeitura de Porto Alegre já está autorizada a alienar. Limpando esse
mal-entendido, chegou nesta Casa agora em março deste ano e ficou até o início
de maio na CCJ; em 7 de abril foi para a CEFOR, e foi pedido o art. 81. A
CEFOR, a Comissão de Finanças não avaliou esse processo. Como a nossa Câmara
vai assinar um cheque em branco? Porque nem a Comissão de Orçamento e Finanças
avaliou os valores dos terrenos, se estão compatíveis, se não têm problema...
Assim, não é nos respeitarmos como Parlamento! Desde abril, sem a CEFOR
analisar, ele está no art. 81, ele está no limbo esperando a Ordem do Dia. Se
houve pedido para ele não ser votado, eu não fiquei sabendo. Eu sou da Comissão
de Educação, eu não faço invenção, trago elementos da área onde eu atuo. Sei
que o Município precisa construir escolas infantis. Se ele construiu muitas,
ótimo! Mas ele terá que atender 8 mil crianças no ano que vem. Sei que temos
mais de 1.500 adultos em situação de rua. Amanhã tem ato da FASC por conta da
terceirização. Os moradores de rua já devem ser mais de dois mil! O único
equipamento com funcionários próprios que atende educação é a Escola Porto
Alegre. Aí o Município quer o prédio da Escola Porto Alegre, numa situação
grave como é a situação de rua, porque afirma que não tem onde colocar meninos
e meninas em educação infantil. E aqui é um terreno perfeito para construir uma
escola infantil, porque a afirmação da Secretária e do Prefeito é que no centro
não tem onde construir escola infantil. Então eu quero fazer um apelo. A
sociedade não opinou, quem veio brigar aqui por escola infantil não opinou; o
Município, por que toma essas decisões, não sei. Mas não me parecem eficazes.
Portanto, nós votaremos contra.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Idenir
Cecchim está com a palavra para discutir o PLE nº 005/15.
O SR. IDENIR CECCHIM: Sr. Presidente, Sras.
Vereadoras e Srs. Vereadores, eu acho que tem certas coisas que se discute por
discutir. Eu não viria aqui falar se não fosse provocado pela Ver.ª Sofia,
sobre a CEFOR não ter se pronunciado. Imagina, Ver. Villela! V. Exa. é meu
companheiro de CEFOR, o Ver. Bernardino também, o Ver. Nedel, que é o nosso
presidente deste ano, e o Ver. Ferronato, que é um funcionário público de uma
estirpe elevada e de uma inteligência também muito elevada. Ele foi meu colega
de faculdade, mas eu não consegui alcançá-lo na inteligência, apenas na
prática. Então, um processo como esse passou por uma avaliação de quem sabe
fazer avaliação. Eu, o Dr. Villela, nosso ex-Prefeito, nosso colega Vereador, o
Nedel, o próprio Ferronato e o Bernardino – Bernardino um pouco mais, porque é
um corretor que trabalha –, nós não sabemos avaliar o quanto vale um terreno.
Eu acredito nas avaliações que foram feitas e no acordo que foi feito na
justiça. Querem mais que isso? Pelo amor de Deus! Isso não.
O resto que se falou
aqui é ideológico. Esse negócio de altura do edifício, da frente... Acho que a
Ver.ª Sofia confundiu um pouco. Cidade Baixa, ela pensa que é de prédios
baixos. Não, Cidade Baixa é o bairro Cidade Baixa, não são prédios baixos.
Então, eu acho que estamos fazendo uma discussão aqui desnecessária pelos
elementos que se tem nesse projeto e nesse processo. É um processo muito bem
detalhado, um processo muito bem avaliado e um projeto que veio para a Câmara
mastigado. E nós entendemos, sim. A CEFOR não precisou fazer a reunião de
avaliação e nem deveria avaliar, porque quem avaliou e quem fez um relatório
muito bem feito foi a Prefeitura, o Executivo e o acordo na Justiça. Eu acho
que está muito bem posto, acho que a própria Ver.ª Lourdes deu um parecer em
cima do que Procuradoria falou. A Ver.ª Lourdes não emitiu um parecer só dela,
emitiu um parecer que a Procuradoria da Casa já deu. Portanto, o que se fala
nas Comissões, o que se poderia ter dito já está dito no processo e no projeto.
Está pronto para ser votado. Acho que a Av. Diário de Notícias ficou muito bem
qualificada e tenho certeza de que esse terreno também terá a discussão e o
encaminhamento do uso na devida forma da lei e da boa convivência dos
porto-alegrenses, da Cidade Baixa e de todos nós de Porto Alegre. Obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Lourdes Sprenger está com
a palavra para discutir o PLE nº 005/15.
A SRA. LOURDES
SPRENGER: Sr. Presidente, eu fui relatora desse projeto na Comissão de
Constituição e Justiça, ou seja, para avaliar a existência ou não de óbice de
natureza jurídica. Então eu gostaria de esclarecer lendo o parecer (Lê.): “Esse
parecer foi elaborado com base nos dispositivos do projeto de lei em questão,
analisados pelos órgãos do Município, em especial da Secretaria Municipal da
Fazenda, Comissão de Alienação de Imóveis – CAI, ficando o Executivo Municipal
obrigado a destinar a área de imóveis permutados localizados na Av. Diário de
Notícias para implantação da rotatória das Av. Diário de Notícias, Icaraí,
Wenceslau Escobar, nos termos do expediente administrativo citado. Quanto à
análise técnica, que comete a esta Comissão cabe destacar que a Constituição
Federal preceitua a competência do Município para legislar sobre assuntos de
interesse local, conforme arts. 29 e 30. E a Lei Orgânica do Município consagra
a autonomia do Município e sua competência para administrar seus bens,
adquiri-los e aliená-los conforme art. 9º, caput, e inciso IV. E a Lei Federal
nº 866/93 – Lei de Licitações preceitua em seu art. 16, inc. I, que a alienação
de bens da administração pública subordinada à existência de interesse público
devidamente justificada será precedida de avaliação dependendo quando se tratar
de imóveis de autorização legislativa para órgãos da administração direta e
entidades autárquicas e fundacionais. Nos casos da permuta, é dispensado este
procedimento quando se trata de imóvel destinado ao atendimento das finalidades
precípuas da administração, cujas necessidades de instalação e localização
condicionem a sua escolha, desde que o preço seja compatível com o valor de
mercado, segundo a avaliação prévia, art. 24, inc. IX da Lei Federal. No
processo administrativo nº 00110561112.3 verificamos o atendimento destes dispositivos
na Lei Federal, conforme Lei Orgânica do Município. E ainda com base em toda a
manifestação de Procuradoria do Município, nós, aqui na Casa, Vereadores que
estamos na Comissão de Justiça, elaboramos este parecer, pela inexistência de
óbice, não isentando que os órgãos que emitiram pareceres anteriores são os
responsáveis pelas informações e por suas atribuições constantes neste processo
em suas manifestações.” Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para
discutir o PLE nº 005/15.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras,
a Ver.ª Lourdes foi modesta e não fez uma afirmação que me parece categórica: o
seu parecer foi aprovado por unanimidade pela Comissão de Constituição e
Justiça. Guarda, inclusive, simetria com o parecer da Procuradoria, e a crítica
que foi feita aqui de que o Executivo levou dois anos discutindo o assunto
mostra a seriedade com que este assunto foi tratado na área municipal.
Ora, só quem não conhece Porto Alegre não sabe que
ali, a confluência da Av. Diário de Notícias com a Av. Icaraí, era um problema
seriíssimo que Porto Alegre tinha que todo o trânsito, Ver. Tarciso, entrava em
colapso naquela área. Essa rótula foi feita na mais absoluta necessidade da
organização do tráfego local e para dar fluidez ao trânsito. E o Município até,
de certa maneira, se precipitou, se antecipando à consumação das negociações e
já ocupou a área. Ele podia ser processado, inclusive, por ter ocupado, só não
o foi porque houve todos esses entendimentos que acabaram redundando no projeto
que agora nós vamos votar. Então o Vereador, Líder do Governo, já esclareceu
perfeitamente bem. A Ver.ª Lourdes é uma das mais diligentes integrantes desta Casa,
nós sabemos quanto ela é responsável nas suas posições, fez um belo trabalho e
foi acompanhada por todos os integrantes da Comissão de Constituição e Justiça.
Então não há mais que se discutir essa matéria. Criticar o Governo por ter
gasto dois anos para estudar essa matéria e para fazer todos os levantamentos
que tinham que ser feitos, e foram feitos, como bem reconhecem os exames
técnicos que foram realizados? Criticar? Não, não cabe crítica nesse sentido,
cabe, inclusive, aplauso nesse particular. E a nós que estamos desde março com
a matéria na mão, depois desse Parecer da Ver.ª Lourdes, não cabe outro
caminho, senão encaminhar a matéria para votação para definição e encerramento
desse prolongado assunto que já desde ano encontra-se em discussão e agora nós,
formalmente, vamos dar o toque final no mesmo, já que na prática o Município já
tomou conta da área.
Só falta, na devida contrapartida, o particular que
teve o esbulho da sua área, na melhor expressão jurídica, poder ocupar a área
que lhe foi oferecida como contrapartida pela ocupação, sem indenização, da sua
área para fazer a grande rótula da Av. Diário de Notícias, que nós precisávamos
que fosse feita mais cedo e que felizmente já foi feita. Era isso, Sr.
Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Apregoo o Memorando
nº 042/15, de autoria do Ver. Márcio Bins Ely, nos termos
do art. 227, § 6º e 7º do Regimento – justificativa de falta –, que comunica a
sua participação de reuniões na CNPL – Confederação dos Profissionais Liberais, que
ocorrerá no Distrito Federal, em Brasília, sobre projeto de lei para a
obrigatoriedade da inclusão do CRECI nas transações imobiliárias de Porto
Alegre, nos dias 16 e 17 de setembro de 2015.
Em votação nominal, solicitada pela Ver.ª Fernanda
Melchionna, o PLE nº 005/15. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 23 votos SIM, 05 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO.
O SR. REGINALDO PUJOL (Requerimento): Sr.
Presidente, considerando que estamos, no presente momento, com 30 Vereadores
presentes, solicito a alteração da ordem da priorização para que
possamos, imediatamente, passar à discussão, primeiro, dos títulos, prêmios e homenagens.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação o Requerimento de autoria do Ver.
Reginaldo Pujol. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 2994/14 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 280/14,
de autoria do Ver. Engº Comassetto, que concede o título de Cidadão de Porto
Alegre ao senhor Luiz Alberto Barichello.
Pareceres:
- da CCJ. Relatora
Verª Lourdes Sprenger: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. Professor Garcia: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável de dois terços dos
membros da CMPA - art. 82, § 2º, V, da LOM;
- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento
da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia em 25-05-15.
O
SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em discussão o PLL nº 280/14. (Pausa.) Não há quem
queira discutir. Em votação nominal. (Pausa.) (Após a apuração
nominal.) APROVADO por 24 votos SIM.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. Nº 1091/15 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 093/15,
de autoria do Ver. João Bosco Vaz,
que concede o título de Cidadão Emérito de Porto Alegre ao senhor Guacir de
Llano Bueno.
Pareceres:
-
da CCJ. Relatora Verª Lourdes Sprenger: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CECE. Relator Ver. Dinho do Grêmio: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável de dois terços dos
membros da CMPA - art. 82, § 2º, V, da LOM;
- votação nominal nos termos do art. 174, II, do
Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia em 09-09-15.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em discussão o PLL nº
093/15. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação nominal. (Pausa.)
(Após a apuração nominal.) APROVADO por
27 votos SIM.
(A Ver.ª Jussara Cony assume a presidência dos
trabalhos.)
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 2873/14 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 267/14,
de autoria do Ver. Mauro Pinheiro, que concede o título de Cidadão de Porto
Alegre ao senhor Antônio Cesa Longo.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Elizandro Sabino: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. Tarciso Flecha Negra: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável de dois terços dos
membros da CMPA - art. 82, § 2º, V, da LOM;
- votação nominal nos termos do art. 174, II, do
Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia em 03-06-15.
A SRA.
PRESIDENTE (Jussara Cony): Em discussão o PLL nº 267/14. (Pausa.) Não há quem
queira discutir. Em votação nominal. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 27 votos SIM.
(O Ver. Mauro Pinheiro reassume a presidência dos trabalhos.)
(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com
aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 3012/14 – PROJETO DE RESOLUÇÃO
Nº 043/14, de autoria do
Ver. Reginaldo
Pujol, que concede o Diploma
Honra ao Mérito ao Grupo Habitasul.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Elizandro Sabino: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. Tarciso Flecha Negra: pela aprovação do Projeto.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia em 09-09-15.
O SR. PRESIDENTE
(Mauro Pinheiro): Em discussão
o PR nº 043/14. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADO, com os votos contrários dos Vereadores Prof. Alex Fraga e
Fernanda Melchionna.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 2509/14 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 231/14,
de autoria do Ver. Waldir Canal, que inclui a efeméride Semana de Conscientização
Contra os Maus Tratos e o Abandono de Animais no Anexo da Lei nº 10.904, de 31
de maio de 2010 – Calendário de Datas Comemorativas e de Conscientização do
Município de Porto Alegre –, e alterações posteriores, realizada na semana que
incluir o dia 4 de outubro.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Márcio Bins Ely: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CECE. Relator Ver. Tarciso Flecha Negra: pela aprovação do Projeto;
- da CEDECONDH. Relator Ver. Paulinho
Motorista: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 05-08-15.
O SR. PRESIDENTE
(Mauro Pinheiro): Em
discussão o PLL nº 231/14. (Pausa.) A Ver.ª Lourdes Sprenger está com a palavra
para discutir o PLL nº 231/14.
A SRA. LOURDES
SPRENGER: Sr. Presidente, fico
muito feliz em ver mais um Vereador entrando no nosso rol de defesa da proteção
animal. O Ver. Waldir Canal já conheço do tempo em que eu estava na Comppad, quando ele quis fazer uma ação sobre
animais e nós fomos lá perto da PUCRS, onde nós temos um galpão de reciclagem
muito conhecido, na Vila Bom Jesus, na Marli da Vila Pinto, onde ele tinha o
interesse de fazer uma gravação. Fico muito feliz que o senhor tenha
apresentado um projeto, embora no dia 4 de outubro nós já tenhamos várias
programações, inclusive é o Dia Internacional e Municipal dos Animais, bem como
já temos um prêmio também que é dado pelo Município para uma entidade, conforme
já apresentei na CCJ.
Mas é muito importante que se tenha essa
visibilidade. Toda vez que apresentamos um projeto aqui, não é para ficar
nominado, é para tentarmos resolver toda essa lacuna que existe em se tratando
de animais, por uma questão de saúde pública, porque temos uma procriação
significativa. Nós temos pessoas também envolvidas, que necessitam de mais
assistência social, nós temos animais alojados em locais inadequados. Então eu quero me somar e aprovar, pois todo projeto
que envolve animais sempre vou aprovar. E que realmente que se faça uma
comemoração com muitas esterilizações, muitos padrinhos ajudando para controlar
a população, com a identificação de animais, que tenhamos essa força para que o
Município crie um cadastro municipal de animais, evitando abandonos, que nessa
semana se possa comemorar isso, não atendimentos limitados. Nós não queremos
somente o atendimento para quem tem Bolsa Família; nós queremos atendimento um
pouco mais amplo, como é em algumas outras cidades. Nós queremos políticas
públicas para todos, não somente para o conhecido ou para meia dúzia. Então, eu
quero lhe dizer que o senhor é mais um do nosso grupo da causa animal, e
certamente votarei “sim”. Obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Waldir Canal está com a palavra para
discutir o PLL nº 231/14.
O SR. WALDIR
CANAL: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores,
eu quero dizer que este projeto, essa proposição realmente visa a isso que a
Vereadora acaba de referir, ela que é militante da causa. Eu apenas tento
ajudar, não sou militante, mas tenho um cachorro, tenho um animal, tenho amigos
militantes. E gostaria também de referir, Vereadora, um problema sério que está
acontecendo na Cidade, que é o abandono dos animais. Em várias comunidades, em
vários locais, nós vemos isso, seja através de uma remoção de famílias, que
acabam deixando os animais para trás criando-se aqueles animais sem dono que
acabam povoando as ruas. Seja a posse, sem conscientização, do animal – muitas
pessoas compram um animal em pet shop
ou ganham e depois acabam se mudando e abandonando o animal. Isso gera um
problema de saúde pública, isso gera transtorno, isso tem causado um sofrimento
muito grande para os animais, mas também para as pessoas que vivem e acompanham
aquela situação, e acabam vendo que o Poder Público não tem braços, não tem
tido sucesso de uma maneira eficaz no combate a esses
maus-tratos. Então, colocamos na Semana o dia 4 porque é o Dia Internacional
dos Animais, instituído pela Declaração Universal da Organização das Nações
Unidas para Educação, Ciência e Cultura – UNESCO. Então, dentro dessa Semana,
já há atividades para outros temas, mas na Semana em si nós queremos chamar a
atenção para o debate da posse consciente, do trato e também do cuidado por
parte daqueles que têm animais. E não estamos falando somente de cachorro e de
gato, estamos falando de cavalos que são abandonados, de outros animais que
estão sofrendo agressões. Quando se fala de animais, se pensa só em cão e gato.
Não é só isso, nós temos animais de outras espécies que estão sofrendo
maus-tratos. Então, será uma Semana para essa reflexão, já que temos uma
Secretaria aqui no Município, a SEDA, que trata da questão dos animais e que
também tem a ver com a saúde humana, porque um animal bem tratado, bem cuidado
não vai ser um vetor de doenças por aí afora. Seriam essas as minhas
considerações, peço a aprovação dos colegas. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação o
PLL nº 231/14. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO.
A SRA. LOURDES SPRENGER (Requerimento): Sr. Presidente, solicito a alteração da ordem da priorização de votação,
para que possamos, logo após a discussão e votação do PR nº 026/15, passar à
discussão e votação do PLCL nº 027/13, de minha autoria. Após retornaremos à ordem normal.
O SR. PRESIDENTE (Mauro
Pinheiro): Em votação o Requerimento de autoria da Ver.ª
Lourdes Sprenger. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 1418/15 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 026/15, de autoria da Verª Jussara Cony, que concede a Comenda Porto do Sol ao
Sindicato dos Farmacêuticos no Estado do Rio Grande do Sul – Sindifars.
Parecer:
- da CCJ. Relator
Ver. Mendes Ribeiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 21-09-15 por força do art. 81 da LOM.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em discussão o
PR nº 026/15 (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL (Requerimento): Solicito a alteração da ordem da priorização de votação, para que
possamos, após a discussão e votação do PLCL nº 027/13, passar à votação da
Indicação nº 022/14, que é importante para a nossa Cidade. Após retornaremos à
ordem normal.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação o
Requerimento do Ver. João Carlos Nedel. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
Apregoo a Emenda nº
02, de autoria da Ver.ª Lourdes Sprenger e do Ver. Idenir Cecchim, ao PLCL nº
027/13.
Em votação o
Requerimento, de autoria da Ver.ª Lourdes Sprenger, solicitando dispensa do
envio da Emenda nº 02 ao PLL nº 027/13 à apreciação das Comissões, para
Parecer. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 2184/13 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 027/13, de autoria da Verª Lourdes Sprenger,
que altera o caput do art. 23, inclui
arts. 23-A e 23-B e revoga o § 1º do art. 22, os incs. I a IV e o parágrafo
único do art. 23 e os arts. 24, 25 e 26 da Lei Complementar nº 694, de 21 de
maio de 2012 – que consolida a legislação sobre criação, comércio, exibição,
circulação e políticas de proteção de animais no Município de Porto Alegre e
revoga legislação sobre o tema –, proibindo a comercialização de animais de
qualquer espécie em estabelecimentos comerciais. Com Emenda nº 01.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Waldir Canal: pela existência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto e da Emenda nº 01;
- da CEFOR. Relator
Ver. Idenir Cecchim: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01;
- da CUTHAB. Relator
Ver. Alceu Brasinha: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01;
- da COSMAM.
Relator Ver. Dr. Thiago: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art.
82,
§
1º, I, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia
em 02-07-14;
- adiada a discussão por
duas Sessões em 24-08-15.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em discussão o
PLCL nº 027/13. (Pausa.) A Ver.ª Lourdes Sprenger está com a palavra para
discutir o PLCL nº 027/13.
A SRA. LOURDES SPRENGER: Sr.
Presidente, esse projeto foi discutido em uma audiência pública da CCJ; em uma
reunião ordinária da COSMAM, com os representantes de pet shop, da Associação que faz a capacitação de quem trabalha com
banho e tosa. Tivemos ainda uma reunião na Frente Parlamentar Porto Alegre Sem
Maus-Tratos. Quais foram os encaminhamentos? Inicialmente, o projeto proibia
essa venda nas pet shop e, sim,
somente diretamente do criador. Devida as dificuldades do criador colocar à
disposição, acatou-se as propostas de todos os debates de que pode vender nas pet shop, seguindo as normativas já
existentes no Município, pela Lei nº 694, e ainda que sejam identificados, que
sejam microchipados, que é fazer a identificação com a origem, porque muitos consumidores
compram os animais, e estão achando que estão levando uma raça, por exemplo, um
poodle é pequeno, o poodle cresce e fica grande, e aí a pessoa não entende,
isso aí é um problema da origem, da cruza dos animais. Então, nós queremos
incluir no Município essa normatização, mesmo porque têm muitos animais que as
pessoas compram – há pouco disse aqui o Ver. Waldir Canal que também é do
conhecimento dele – e as pessoas abandonam, e aí quem resgata é a pessoa
física, é a protetora, porque aí o animal está malcuidado, não dá para retornar
ao comércio. Então, nós queremos é evitar o abandono, normatizar, evitando os
maus-tratos, porque muita gente coloca animais numa gaiolinha e eles ficam nela
a semana inteira, não tem bem-estar nenhum, e isso já
está amplamente discutido com o comércio, mediante esses eventos que nós
tivemos na Câmara. Estão todos no site
da Câmara de Porto Alegre, tratando de cães e gatos. Quanto aos animais
silvestres, nós temos uma legislação, do Ibama, que estaria fora, mesmo porque
não são todos os animais que podemos esterilizar – não está incluído o cavalo.
O criador pode vender direto, se ele quiser. Pode, hoje, levar à pet shop, não tem mais esse limite,
porque foi um assunto amplamente discutido na Casa.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação
nominal, solicitada pelo Ver. Kevin Krieger, a Emenda nº 01 ao PLCL nº 027/13.
(Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADA por 21 votos SIM.
Em votação a Emenda
nº 02 ao PLCL nº 027/13. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam
como se encontram. (Pausa.) APROVADA.
Em votação nominal,
solicitada pelo Ver. Clàudio Janta, o PLCL nº 027/13. (Pausa.) (Após a apuração
nominal.) APROVADO por 19 votos SIM.
INDICAÇÃO - VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
IND. Nº 022/14 – (Proc. nº 0809/14 – Ver. João Carlos Nedel) – ao Executivo Municipal, que sugere realizar a ligação da Avenida Fábio Araújo Santos com a Rua Frederico Etzberger, no Bairro Nonoai.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação a Indicação nº 022/14.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADA.
O SR. KEVIN
KRIEGER (Requerimento): Sr. Presidente, solicito a retirada do PLL nº
059/14 da priorização de votação da Ordem do Dia de hoje.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Kevin
Krieger. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 0584/15 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 057/15,
de autoria do Ver. Delegado Cleiton, que inclui inc. XVI no caput do art. 2º da Lei nº 7.855, de 25
de setembro de 1996 – que oficializa, no âmbito do Município, a Semana
Farroupilha e dá outras providências –, e alterações posteriores, incluindo o
Sindicato dos Compositores Musicais do Estado do RS no rol de instituições com
representação na comissão especial responsável pela programação da Semana
Farroupilha.
Parecer:
-
da CCJ. Relator Ver. Rodrigo Maroni: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 06-07-15 por força do
art. 81 da LOM.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em
discussão o PLL nº 057/15. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores
que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
O SR. KEVIN KRIEGER: Só para fazer um esclarecimento, como não podemos fazer
encaminhamentos: esse projeto é para servidores públicos municipais e vai haver
uma repercussão negativa do projeto.
PROC. Nº 2203/14 – PROJETO DE LEI DO
EXECUTIVO Nº 032/14, que
altera a letra “c” do Anexo I da Lei nº 6.309, de 28 de dezembro de 1988 – que
estabelece o Plano de Carreira dos Funcionários da Administração Centralizada
do Município, dispõe sobre o Plano de Pagamento e dá outras providências –, e
alterações posteriores, extinguindo 3 (três) e criando 4 (quatro) Funções
Gratificadas na Secretaria Municipal da Fazenda (SMF) e determinando prazo para
regulamentação de alterações estruturais decorrentes desta Lei.
Parecer:
- da CCJ. Relator
Ver. Márcio Bins Ely: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto.
Parecer
Conjunto:
- da CEFOR, CUTHAB
e CEDECONDH. Relator-Geral Ver. Delegado Cleiton: pela aprovação do
Projeto.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art.
82, § 1º, III, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia
em 15-12-14;
- votação nula por falta
de quórum em 22-12-14.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação o
PLE nº 032/14. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO.
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ. Nº 109/14 – (Proc. nº 2743/14 – Ver.
Marcelo Sgarbossa e outros – Bancada do PT) – requer Moção de Repúdio à aprovação, na
Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul (ALERGS), do Projeto de
Lei Complementar nº 249, que cria plano especial de aposentadoria para os
deputados estaduais.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação o Requerimento nº 109/14. (Pausa.) A Ver.ª Sofia Cavedon está
com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº 109/14.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, por mais que eu
considere muito o Ver. Casartelli e o Ver. Paulo Brum, peço licença apenas para
explicar a iniciativa da Bancada do Partido dos Trabalhadores. Nestes tempos,
quando há muitos questionamentos sobre a classe política, pensamos que haviam
sido extintas todas as iniciativas que nos tornem diferenciados das categorias
de trabalhadores, iniciativas de previdência, de aposentadoria em cargos
eletivos.
As nossas funções são funções representativas,
temporárias, revogadas, ampliadas ou reconduzidas a cada eleição; nós não temos
caráter de profissionalização. A política não é uma profissão. Todos nós
devemos entender a política como um exercício da representação democrática, do
sistema democrático, e não podemos seguir criando distorções como essa, que,
lamentavelmente, os Deputados Estaduais criaram na Assembleia Legislativa, que
é o sistema de aposentadoria. Aliás, este sistema existia na Assembleia
Legislativa; foi um processo bonito da Constituinte, pós Constituinte Estadual,
quando se extinguiu, uma discussão em que a Assembleia foi exemplar para o
País. E houve um retrocesso no final do ano passado, no final da Legislatura. A
nossa bancada toda não aderiu. No início, o nosso Líder entendia, por estar há
muitos anos, que ele deveria aderir, depois voltou atrás, por uma posição clara
nossa. Nós também entendemos que precisamos avançar na representação política,
na transparência, na aproximação dos anseios da sociedade, em todas as esferas
do País. Não é que não devamos ter estrutura. Democracia custa caro, tem que
ter estrutura para trabalhar com qualidade; agora, distorções dessa ordem não
são possíveis.
Vejam, com todas as dificuldades do Governo
Federal, se nós olharmos as últimas pesquisas de credibilidade no País, nós
vamos ver que o Parlamento é um dos últimos colocados; os Parlamentos, de forma
geral, são os que estão mais embaixo na escala de credibilidade diante do povo
brasileiro. E este tipo de iniciativa faz com que a população tenha descrédito
na representação política. E isso é ruim para todos: para a democracia, para
nós, que representamos, para a estabilidade democrática deste País. Por isso,
entendemos que a nossa Câmara deve se manifestar em relação às aposentadorias
especiais dos deputados estaduais. É um enorme retrocesso, está na contramão da
história. Assim como, lamentavelmente, esteve na contramão o Congresso
Nacional, na semana passada, Semana da Pátria, revogando a posição avançada dos
Senadores que encerrava, em definitivo, com a contribuição empresarial de
campanhas. É lamentável porque empresa não vota, porque a distorção do poder
econômico na aferição do voto do eleitor está nítida, está comprovada, e porque
diante dos inúmeros problemas nas relações público-privadas, da corrupção
existente entre essas relações está comprovado o financiamento privado de
campanha, o financiamento empresarial das campanhas. Então, isso é um
retrocesso no Congresso Nacional. E eu considero que os Parlamentos precisam
construir símbolos que empurrem, que indiquem para a sociedade que nós, no
momento em que estamos aqui a representando, estamos buscando aprimorar o
sistema político. E aprimorar o sistema político é, sim, devolver o poder ao
povo, maior possibilidade de controle, maior condição de transparência, maior
capacidade de melhor uso do recurso público. E não é, certamente, com
aposentadorias especiais vinculadas a representações políticas que se vai
conseguir isso. Então, nós propomos ao conjunto de Vereadores e Vereadoras
desta valorosa Capital que repudiemos essa atitude para reflexão dos deputados
estaduais.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra para encaminhar
a votação do Requerimento nº 109/14.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Sr. Presidente e colegas Vereadores, esta Casa já extinguiu qualquer
proposta de aposentadoria dos Vereadores. Quando a Assembleia fez isso, nenhum
membro desta Casa sequer pensou ou cogitou criar aposentadoria aqui. Esta Casa
tem sido um exemplo. Mas a Ver.ª Sofia trouxe um tema que nos fez vir à
tribuna, que é a questão dos Parlamentos, que vêm sofrendo. Nós temos
acompanhado algumas casas de Vereadores que têm baixado o salário dos vereadores;
propostas demagógicas têm surgido, como a de os Vereadores trabalharem de
graça, enquanto a gente vê em casas legislativas, Congresso Nacional,
assembleias legislativas e nos próprios tribunais, em várias instâncias, o
absurdo que ganham essas pessoas, fora as vantagens que têm. E como aqui fica
mais fácil de o povo vir, o povo vem. Eu acho que ninguém trabalha de graça,
nenhum trabalhador trabalha de graça, as pessoas saem das suas casas para
produzir, e esta Casa funciona em horário comercial. Os Vereadores são
trabalhadores eleitos pelo povo, estão aqui para representar uma parcela
significativa da sociedade e não querem em hipótese alguma se beneficiar por
isso, mas querem receber os seus salários, e irão receber os seus salários.
Agora, o financiamento de empresas na campanha, a Ver.ª Sofia falou aqui muito
bem sobre isso, nós estamos vendo, na Lava Jato, que os maiores beneficiados
desse financiamento de campanha tem sido o partido da Ver.ª Sofia...
(Aparte antirregimental da Ver.ª Sofia Cavedon.)
O SR. CLÀUDIO
JANTA: ...tem sido o Zé Dirceu que, ontem, novamente, foi condenado, novamente
teve seu nome envolvido, as empresas vêm financiando campanha. Qual é o
interesse que uma empresa tem em financiar uma campanha? Qual é o interesse que
uma empresa tem em financiar um político? Qual é o interesse disso? A gente viu
com a Lava Jato, a gente viu com o Mensalão qual é o interesse que a empresa
tem: é se beneficiar em obras, é se beneficiar em privatizações, é se
beneficiar, agora, nos pacotes fiscais com as taxas de juros elevadíssimas,
porque quem tem mais dinheiro na campanha presidencial é o sistema bancário.
Quem foi para a televisão dizer que o Brasil tinha que se acalmar foi o
Presidente de um banco que ganhou, no primeiro trimestre, R$ 24 bilhões e, no
segundo trimestre, mais R$ 36 bilhões. Só quem ganhou dinheiro neste Brasil,
quem está ganhando dinheiro neste Brasil é o sistema financeiro, que são os
grandes doadores de campanha. Então eu acho que isso, realmente, nós temos que
discutir. Agora, nós temos que discutir também a forma como é dado o dinheiro
público, a forma como é feito o gasto do dinheiro público tanto nas casas
legislativas, quanto nas obras que são feitas pela União. Muito se fala aqui em
fazer habitação, em fazer UPAs, em fazer creches, em fazer escolas num País que
depende da União, de uma União que declara que deve 66 bilhões, de uma União
que diz que não tem dinheiro e que detém sessenta e poucos por cento do que é
arrecadado neste País. E os Municípios dependem dessa União para fazer obras,
para fazer escolas, para fazer UPAs, para fazer creches e para fazer obras de
saneamento. Então, nós temos que rever tudo. Nós vamos votar a favor dessa
Moção...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Presidente concede tempo para o término do
pronunciamento.)
O SR. CLÀUDIO
JANTA: ...contra essa aposentadoria dos Deputados, mas a questão é muito mais
ampla, principalmente o pacto federativo que não é feito – não pelo Governo
atual, por nenhum Governo foi feito. Os Estados têm que ter mais receita e,
principalmente, os Municípios, que hoje são os responsáveis por grande parte da
saúde, da educação, da infraestrutura e da mobilidade urbana. Tem que se rever
esse pacto federativo, somente assim nós vamos acabar com a corrupção neste
País. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. IDENIR
CECCHIM (Requerimento): Gostaria de pedir verificação de quórum, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Solicito abertura do painel eletrônico para
verificação de quórum, solicitada pelo Ver. Idenir Cecchim. (Pausa.) (Após o
fechamento do painel eletrônico.) Não há quórum.
Está encerrada a Ordem do Dia e os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a
Sessão às 17h05min.)
* * * * *